Análise da startup aponta que, se regulamentado, o cultivo do insumo poderia movimentar mais de R 4,9 bilhões no seu quarto ano de legalização no país

O material mostra toda a história do cânhamo, planta pertencente à espécie Cannabis sativa L., presente em registros históricos desde 9.000 a.C, e dá destaque para a sua evolução ao longo do tempo, revelando dados sobre o alto potencial do produto no Brasil caso ele fosse regulamentado, principalmente para uso na agricultura, devido às suas inúmeras possibilidades de produção de matérias-primas.São Paulo (SP), março de 2022 A Kaya Mind, primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos, divulgou na última terça-feira (29) seu quinto relatório de mercado, o primeiro de 2022, sobre cânhamo e seus possíveis impactos econômicos e sociais no Brasil.

Em uma análise inédita, a Kaya Mind identificou que hoje existem 222 empresas brasileiras exclusivamente voltadas ou relacionadas ao mercado de cannabis e de seus periféricos no país. Desse total analisado, 37 têm ligação direta com os insumos do cânhamo (fibras, sementes e flores). Uma a uma, foram analisadas e classificadas de acordo com suas atividades centrais — cada empresa, no entanto, pode ter até 3 classificações.

É importante reforçar que as 222 empresas não correspondem à totalidade de companhias voltadas ao mercado da cannabis no Brasil — esse número é referente ao valor encontrado no mapeamento realizado pela startup a partir de pesquisas internas. Essas empresas também foram distribuídas em relação aos seus papéis na cadeia produtiva do cânhamo a fim de observar o posicionamento delas no momento atual.

Conforme já era esperado por conta da legislação, os resultados apontam que a maior parte dessas empresas (48,8%) estão ligadas ao mercado de cannabis para uso medicinal farmacêutico. Na sequência, estão as empresas que trabalham com cannabis para uso adulto/fumáveis (16,2%), seguida das companhias que trabalham com cannabis para uso adulto/nutricional (10,8%), uso medicinal artesanal (8,1%), no segmento de flores de cânhamo (5,4%), de sementes de cânhamo (4%), de fibras de cânhamo (4%), de terpenos (1,3%), fitocanabinoides(1%) e, sementesda cannabis (0,3%). Confira o infográfico para entender como essas companhias se distribuem de acordo com suas classificações.

Com a análise da Kaya Mind, nota-se que a maior concentração de empresas atuam no setor de elaboração e venda de produtos finais, somando 78,4%. Isso acontece, pois a regulamentação atual no Brasil impede o desenvolvimento dos demais setores, enquanto é possível criar uma marca associada à imagem do cânhamo que venda produtos à base de algum derivado importado, como roupas e cosméticos.

Por outro lado, os outros setores estão muito atrás. O de cultivo (interno, externo ou estufas), colheita e pré-processamento (fibras, sementes e flores) soma 8,1%, seguido tanto do melhoramento (multiplicação, importação, exportação e produção de sementes) quanto de consultoria e investimentos (5,4%). Por fim, encontra-se o de maquinário e equipamentos, com apenas 2,7%.

 

Confira abaixo as empresas de cânhamo distribuídas por setor da cadeia produtiva:

Segundo projeções da Kaya Mind de junho de 2021, no seu quarto ano de legalização, o cânhamo industrial poderia acarretar R$ 4,9 bilhões com a venda de seus derivados no Brasil e R$ 330,1 milhões de impostos arrecadados para o Estado.Hoje, o cânhamo se encontra em uma zona cinzenta em relação à sua legalidade no Brasil, pois contém quantidades insignificantes de fitocanabinoides psicotrópicos, mas, ao mesmo tempo, ainda é proveniente da Cannabis sativa L.

Para que o país alcance esse feito, ele precisaria de uma regulamentação que permita o cultivo nacional; incentivo a todos os tipos de produtores para cultivar cânhamo; possibilitar a produção do cânhamo para todos os fins; planejamento para exportação para os países estrangeiros; e desenvolvimento tecnológico para a colheita e processamento dos insumos.

No Canadá e nos Estados Unidos, por exemplo, pode-se ver que esse mercado já está mais desenvolvido. Isso fica evidente a partir do mapeamento de onde ficam sediados 23 global players de cânhamo no mundo — esses dois países lideram em quantidade, seguido da Alemanha e, depois, são divididos igualmente entre Itália, Inglaterra, Austrália, Países Baixos, China, Paraguai e Brasil.

 

Confira abaixo a lista de países onde estão sediados os agentes globais de cânhamo:

Com base nessas análises, a Kaya Mind concluiu que uma forma de enfrentar os desafios do mercado de cânhamo no Brasil seria estudar a criação de uma agência de controle própria para o tema da cannabis e do cânhamo. Essas instituições específicas são uma forma de contratar funcionários mais especializados e criar um ambiente regulatório mais dinâmico e responsivo às necessidades do setor, e, em outros países, já se mostraram muito eficientes. Alguns exemplos são: Autoridade de Licenciamento da Cannabis (CLA) – Jamaica; Agência Israelense de Cannabis Medicinal (IMCA) – Israel; e Instituto de Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA) – Uruguai.

Além disso, é essencial que, antes e ao longo do processo de regulamentação, haja informação de qualidade a respeito do mercado do cânhamo para educar a indústria e o público em geral. Por mais que os insumos do cânhamo tenham virado tendência em países regulamentados, ainda existe muito preconceito em torno da planta. Ela é erroneamente associada a efeitos psicotrópicos, quando, na verdade, contém baixo THC, e, pode ser facilmente cultivada em áreas extensas e outdoor.

Segundo a empresa de dados, ainda não há amplo conhecimento sobre todos os benefícios que o cânhamo pode oferecer para as indústrias, principalmente associados ao lucro, e muito menos sobre o fato de que não é necessariamente uma cultura competitiva às outras já existentes no país. Já em relação aos consumidores, também existe uma incompreensão acerca das vantagens à saúde que os insumos do cânhamo, como a semente, podem proporcionar. As instruções adequadas a respeito desses temas acelerariam a aderência de empresas ao mercado de cânhamo, bem como aumentariam a demanda dos consumidores. É nesse âmbito que a Kaya Mind se propõe a atuar.

A Kaya Mind é a primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos. Com metodologia própria e análises quantitativa e qualitativa desenvolve relatórios relacionados à cannabis. A startup oferece, ainda, uma plataforma de consolidação de dados e consultoria estratégica para empresas interessadas ou atuantes nesse setor, dentre outros serviços com foco na indústria de cannabis.

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