Os agricultores da Bahia estão na expectativa para iniciar a nova safra de algodão. O período do vazio sanitário já foi encerrado. Agora, é o momento das plantadeiras entrarem em campo para dar início à semeadura do ciclo 2020/2021.

Apesar de uma previsão de redução de área plantada em torno de 15%, com 264.614 mil hectares, os produtores que decidiram manter os investimentos na cultura estão otimistas com os resultados em produtividade, incremento do preço no mercado e a retomada da atividade econômica pelos países asiáticos, principal mercado internacional da fibra brasileira.

Com as boas perspectivas do mercado, o produtor Paulo Schmidt decidiu pela manutenção da área de algodão na próxima safra. “Ainda faltamos comercializar parte da safra passada, e também estamos otimistas no aumento da produtividade”, reforça ele, que planta algodão há cerca de 20 anos na região, nos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

Ainda segundo ele, as chuvas regulares, o trabalho de combate a pragas, desenvolvido pelos produtores, reunidos na Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e o uso de tecnologia em sementes e fertilizantes, cada vez mais adequados ao solo e clima do Oeste da Bahia, são diferenciais que vem elevando a produção na região.

Segundo a Abapa, os produtores baianos ainda têm em estoque 20% da safra para comercializar, o que também pressionou os cotonicultores na redução da área. Para o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato, esta definição foi uma resposta imediata à desaceleração econômica no setor têxtil diante do período da pandemia da Covid-19.

“O câmbio favorável no momento da comercialização da fibra, a partir de setembro, mudou o clima entre os produtores, principalmente entre aqueles que seguraram os estoques para negociar em momento mais adequado”, reforça.

No entanto, para Busato, o produtor precisa fazer conta e ficar atento aos custos de produção, em sua maioria, também atrelados ao dólar, a exemplo do maquinário, adubos e fertilizantes a serem utilizados na semeadura. “O produtor pode perder cerca de 23% em rentabilidade com as variações do preço e custos ao longo da safra, que chegam a ter 70% do valor indexado ao dólar”, afirma.

A região Oeste da Bahia atravessa quatro safras com resultados positivos em produção e produtividade, sendo a última, a segunda maior da história, ao atingir a média de 310,15 arrobas de algodão em caroço/hectare em uma área total de 313.566 mil hectares. A produção atingiu a mesma média da safra passada, em torno de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço).

Assim como outros setores da economia, também impactados pela pandemia do coronavírus, Busato reforça que o produtor baiano continua esperançoso e investindo no algodão, que movimenta uma cadeia produtiva que gera em média três vezes mais emprego que outras culturas, em grande parte, pelo trabalho de beneficiamento realizado localmente.

“O produtor baiano, que já tem uma infraestrutura do seu negócio e já passou por outras crises, vai continuar confiando na rentabilidade e do retorno do seu investimento nas próximas safras diante da retomada da demanda pela fibra no mundo”, reforça Busato.

Segundo maior produtor do Brasil, a Bahia contribui com a participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo.

Com solidez de 30 anos de mercado e fornecendo assessoria meteorológica de qualidade para os principais segmentos, a Climatempo é sinônimo de inovação. Foi a primeira empresa privada a oferecer análises customizadas para diversos setores do mercado, boletins informativos para meios de comunicação, canal 24 horas nas principais operadoras de TV por assinatura e posicionamento digital consolidado com website e aplicativos, que juntos somam 20 milhões de usuários mensais.
Em 2015, passou a investir ainda mais em tecnologia e inovação com a instalação do LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). O LABS atua na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Principal empresa de consultoria meteorológica do país, em 2019 a Climatempo uniu forças com a norueguesa StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão.
A fusão estratégica dá à Climatempo acesso a novos produtos e sistemas que irão fortalecer ainda mais suas competências e alcance, incluindo soluções focadas nos setores de serviços de energia renovável. O Grupo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.


Assessoria de Comunicação da Climatempo
(11) 3736 4501 | climatempo.com.br