Geadas e restrição de insumos pedem atenção do produtor e manejo planejado

Após as perdas na cultura da soja, impactadas pelas secas, o produtor que está no sul do país aposta no trigo como tentativa de compensar a colheita do grão. Na região com maior cultivo do cereal do Brasil, a previsão para este ano é o aumento da área plantada em função do crescimento da demanda prevista e valor atrativo por conta de impasses para a produção por outros países exportadores. A área plantada com trigo, nesta safra, pode ser a segunda maior da história, com aumento de 20% no valor do grão se compararmos com o mesmo período do ano passado.

Além disso, as safras de inverno trazem benefícios ao sistema de produção, já que o produtor diversifica sua cultura. Com isso ele consegue quebrar o ciclo de doenças, manter o solo coberto e longe da erosão, e da dominação da área por plantas daninhas, podendo assim reduzir os custos com herbicidas e fitossanitários, conforme explica Adrian Correa, Engenheiro Agrônomo e Coordenador de Desenvolvimento de Mercado da Fertiláqua. “As culturas desta estação mantêm o sistema vivo e promovem a diversificação de raízes no sistema. Através da rotação de culturas, o produtor torna o sistema mais produtivo”, conta. “Vale dizer, ainda, que as gramíneas anuais de inverno têm um sistema radicular agressivo que consegue romper camadas adensadas do solo e incorporar carbono no solo ao longo dos anos”. Com esta rotação entre leguminosas e gramíneas de inverno/verão o produtor consegue agregar para o seu sistema de produção, viabilizando o sistema plantio direto e permitindo melhorias nas características físicas, químicas e biológicas do solo. No entanto, é preciso destacar que esta qualidade do solo é uma construção, não é apenas com uma safra de trigo e outra de soja que o produtor será capaz de salvar ou melhorar o solo em 100%. Leva tempo e existem tecnologias para acelerar o processo de construção do perfil de solo, e este é o caminho que o produtor deve seguir”, recomenda Rene.

A cultura do trigo é uma cultura com muitos riscos em decorrência das geadas, períodos de estiagem ou chuva na colheita, por isso a questão climática é um fator preocupante ao produtor.  Algumas regiões, inclusive, esperam pela chegada precoce da geada. Por isso, para este ano, já se espera que o custo de produção do trigo seja bem superior em relação à safra passada. Para amenizar os riscos, as primeiras orientações são: escolha do cultivar adequado, sementes de qualidade e definição da data/janela de plantio de acordo com a região.

Correa explica que o condicionamento químico, físico e biológico do solo é fundamental para atingir os objetivos desta safra, aliado a manejos que visam atenuar estresses bióticos e principalmente os abióticos. “O produtor precisa lançar mão dos condicionadores de solo, tecnologias para estímulo e nutrição nas fases vegetativa e reprodutiva, e enchimento de grão”.

Já para atender a demanda prevista diante da restrição de adubos nitrogenados e a base de potássio, e seus valores elevados, Adrian aconselha o diagnóstico químico do solo e que o produtor promova um bom sistema radicular para a cultura, desta forma, a planta vai conseguir explorar um volume de solo maior e interceptar melhor os nutrientes. “É certo que nesta safra o produtor vai explorar a reserva existente no solo com objetivo de driblar insumos com valores elevados ou mesmo falta destes. Solos biologicamente ativos fazem a diferença para mineralizar e disponibilizar nutrientes às plantas. Outra opção seria o manejo através da nutrição foliar, o qual tem como objetivo estimular a planta e complementar a nutrição via solo, principalmente com produtos à base de nutrientes essenciais, hormônios ou precursores hormonais e aminoácidos. Desta forma, a planta será mais eficiente em seus processos de crescimento e redução de estresses – fitotoxidez e geadas”, complementa Correa.

A dica para aumentar os ganhos é ficar de olho na qualidade superior do cereal. “Embora diversos fatores interfiram na qualidade final do grão como: genética, clima, dessecação, manejo adotado, entre outros, o produtor deve focar suas forças naquilo que ele tem interferência, como escolha da genética e posicionamento adequado, e solos com qualidade física, química e biológica para dar condição para o crescimento de raízes vigorosas e profundas. A raiz é a boca da planta, quanto mais raízes, maior a capacidade de absorção de água e nutrientes, o que permitirá o bom desenvolvimento das plantas. Como consequência teremos mais quantidade e maior qualidade do grão. Por último e não menos importante, o manejo adotado, nesse sentido, a aplicação de produtos via foliar à base de estímulos fisiológicos e nutricionais na fase de emborrachamento promovem a formação de grãos com maior qualidade (> PMS, W e PH)”, orienta Adrian.

Para quem vai ampliar a área produtiva, Correa alerta que é preciso ter o histórico da área e conhecer seu nível de fertilidade, antes de definir o cultivar e a população de plantas. “É preciso ter um diagnóstico da área, realizar uma análise química, saber qual a `poupança ́ existente no solo e entender se há necessidade de adubação, e qual quantidade deverá ser utilizada. Os demais cuidados devem ser os mesmos realizados em qualquer área onde o trigo será cultivado, seguindo o histórico da área e realizando manejo conforme a necessidade (monitoramento). A dica é fazer o `arroz e feijão bem feito´, com capricho, priorizando solo, sementes de qualidade, manejo adequado de plantas daninhas, insetos-praga e doenças, finaliza o agrônomo”, finaliza.

A Fertiláqua faz parte de um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, da América Latina. A companhia pertence ao Grupo ICL, multinacional israelense, referência global em tecnologia de nutrição de plantas, presente no mercado mundial há quase cem anos através de suas 43 fábricas instaladas em 13 países, com mais de 11 mil funcionários. Com sede administrativa na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo, a Fertiláqua matém Laboratório de Análise de Sementes (LAS), dois Centros de Inovação Tecnológica (CIT) e duas fábricas em território nacional. Através do permanente investimento em pesquisas, a qualidade Fertiláqua está presente no mercado através das marcas Aminoagro, Dimicron e Maximus. Além de seus produtos, a Fertiláqua apoia os produtores através de iniciativas pioneiras como o Programa Construindo Plantas (PCP360º), com ações específicas do plantio à colheita, e o Programa Sementes de Verdade, que reconhece a qualidade das sementes de soja no mercado brasileiro.

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