Agro é Tech! O promissor cenário das agtechs

Por Ana Flávia Carrilo

 

Ana Flávia Carrilo é coordenadora de informações da Abstartups

Que agro é pop, todos sabemos. Afinal, o setor é um dos mais importantes não só para a economia brasileira, como também para nossa sobrevivência. Segundo as previsões, a população mundial deverá ser de quase 10 bilhões de pessoas em 2050, e o grande dilema disso é: como será possível alimentar tanta gente?

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a produção mundial de alimentos terá que aumentar 70% para ser suficiente. E ébem aí, que a tecnologia surge como grande aliada ao setor!

Se basear em dados, Inteligência Artificial, Big Data e outros recursos que favoreçam o entendimento sobre os recursos naturais e preveja desafios como clima, redução dos impactos negativos ao meio ambiente e melhorar os insumos são fundamentais para que esse crescimento aconteça de maneira sustentável para nós e para o planeta.

Quanto trazemos essa realidade para o universo das startups, vemos as agtechs como grandes aliadas nessa missão, criando soluções em todos os níveis da produção agrícola – de sementes à logística de distribuição e utilizando cada vez mais tecnologias ao seu favor.

Aqui no Brasil, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a produção de grãos deve crescer em torno de 27% nos próximos anos. Isso significa passar de 250 milhões para cerca de 318 milhões de toneladas nas safras de 2029 e 2030, uma taxa de 2,4% ao ano.

E trazendo para o cenário das startups, vemos que as agtechs ocupam o terceiro lugar (11,8%) entre os maiores segmentos, ficando atrás apenas de educação (17,3%) e saúde e bem-estar (17,1%), conforme dados do nosso último mapeamento do ecossistema . Ou seja, cada vez mais tecnologia atrelada ao agronegócio brasileiro.

Para se ter noção do promissor cenário do setor, basta ver os dados sobre investimentos em agtechs e foodtechs que se consolidaram em 2020 com um aumento de 15,5% e chegaram à cifra de US﹩26,1 bilhões (ou R﹩143,8 bilhões) em todo o mundo, segundo levantamento divulgado no AgFunder AgriFoodTech Investment Report 2021.

Neste mesmo estudo, o Brasil ficou em 12° lugar entre os principais destinos de investimentos em agtechs, com pouco mais de US ﹩200 milhões em 2020. E só em janeiro de 2021, agtechs brasileiras já receberam R ﹩2,5 milhões em investimentos.

Ou seja, mercado aquecido, soluções em pleno vapor de atuação e com alto potencial de impacto. É inegável a força da tecnologia e das agtechs brasileiras. E se você quiser acompanhar mais de perto todos os dados sobre o segmento, não deixe de acompanhar o Startupbase e esta coluna. Mês que vem estou de volta com mais dados sobre o mercado de startups.


PiaR Comunicação
(11) 4304-1205 | piarcomunicacao.com.br