As unidades BSBIOS, em Passo Fundo (RS) e em Marialva (PR), e a unidade da 3tentos em Ijuí (RS) são as primeiras usinas certificadas pela Control Union atendendo às especificações do Biodiesel Super A.

A APROBIO contratou como Organismo Certificador a Control Union, empresa especializada em gestão dos processos de auditoria das cadeias de abastecimento da indústria que auditam os mercados de alimentos, rações, silvicultura, biomassa, bioenergia, conformidade social e têxteis, que foi a responsável pela escolha do laboratório creditado. A entrega do selo ocorreu no dia 30 de junho durante a cerimônia de celebração de 10 anos e posse do novo presidente do Conselho de Administração da APROBIO, Francisco Turra.A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) entregou seus três primeiros certificados do “Selo APROBIO de Qualidade – Biodiesel Super A” gerados por meio de um sistema externo de auditoria e certificação do biodiesel produzido pelas usinas associadas. As usinas que agora têm esse reconhecimento da qualidade de seus produtos são a BSBIOS, unidades de Passo Fundo (RS) e de Marialva (PR), e a 3tentos, de Ijuí (RS).

“Nosso objetivo é ampliar a transparência ao mercado com auditoria de produto realizada por empresa certificadora independente e, assim, confirmar a adoção pelas usinas associadas das especificações mais rígidas (por exemplo, menor teor de metais), definidas pelo Comitê Técnico e aprovadas no Conselho da APROBIO, e as boas práticas definidas pela APROBIO e sugeridas à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, explica Julio Cesar Minelli, Diretor Superintendente da APROBIO.

“O Selo APROBIO de Qualidade – Biodiesel SUPER A é um reconhecimento do alto padrão de qualidade do biodiesel produzido pela 3tentos em nossa unidade de Ijuí. Desde 2014, quando iniciamos a produção, investimos constantemente em tecnologia e na excelência dos nossos processos para garantia de qualidade superior, beneficiando e fortalecendo também toda a cadeia de biodiesel”, disse o diretor de Commodities, Luiz Augusto Dumoncel.

O Diretor de Operações da BSBIOS, Carlos Roberto Ferreira Júnior, destacou que várias etapas do processo de produção são observadas pela auditoria. “São avaliados: aspecto, característica do ponto de entupimento de filtro a frio, contaminação total, estabilidade à oxidação, acidez, teor de água e de metais, entre outros. Todos esses fatores dentro dos padrões estabelecidos elevam a qualidade do biodiesel produzido pela BSBIOS,” frisou o diretor.

As etapas da certificação estão definidas no manual do programa desenvolvido e aprovado no início de 2021. A auditoria comprova o atendimento à especificação e das boas práticas no processo de expedição, avaliados através de um “checklist” específico e a filtração do biodiesel no momento da expedição. A amostra do produto na usina para análises é realizada por meio de visita não agendada.

As auditorias verificam, entre outros, os dados da unidade, informações sobre o aditivo antioxidante e sobre certificação do biodiesel e registro dos aspectos relacionados ao processo de expedição do biodiesel, incluindo a coleta e armazenamento das amostras testemunho.

São avaliadas características críticas da especificação do biodiesel, como ponto de entupimento de filtro a frio (CFPP, na sigla em inglês), contaminação total, estabilidade à oxidação, acidez, teor de água Monoglicerídeos, Diglicerídeos, Triglicerídeos, glicerina livre e total, que devem atender aos limites da RANP 45/2014 além dos limites mais restritivos para metais (P < 4 mg/Kg, Na+K < 2,8mg/Kg, Ca+Mg < 2,8mg/Kg).

O cronograma das visitas das auditorias é gerenciado pela certificadora e informado diretamente à APROBIO. Para a manutenção do selo as usinas deverão passar por auditorias periódicas.

 

Aprimoramento das especificações do biodiesel – A APROBIO enviou em maio de 2020 correspondência para a ANP com propostas de aprimoramento para a especificação do biodiesel produzido no país. “Hoje a especificação do biodiesel no Brasil já é uma das mais rígidas do mundo, mas queremos aprimorar ainda mais essa qualidade, pois acreditamos que o país tem todo potencial de seguir aumentando os percentuais de mistura até no mínimo 20% (B20)”, explica Minelli.

A alteração solicitada para ANP sobre a especificação busca dar a segurança esperada pela indústria automotiva sobre eventual elemento que possa vir a reduzir a eficiência dos sistemas de controle de emissões, bem como minimizar qualquer adaptação que se faça necessária nesses sistemas. “De qualquer forma, a imensa maioria das usinas já trabalha dentro dos requisitos dessa especificação”, concluiu Minelli.


Analítica Comunicação
(11) 2579 5520 | www.analitica.inf.br