O Congresso Brasileiro do Direito do Agronegócio reunirá virtualmente, no dia 31 de março, especialistas para avaliar a participação do investimento estrangeiro, cujo constante fluxo é extremamente relevante para o crescimento do país. O ano de 2020, atípico em nível mundial, trouxe implicações econômicas das mais diversas ordens, dentre essas, culminou em uma queda abrupta de 50,61% do investimento estrangeiro no país, atingindo apenas US$ 34,2 bilhões de entrada no ano.

A exemplo da importância do capital estrangeiro, o setor da infraestrutura. O investimento estrangeiro é o que tem garantido os aportes em petróleo e gás, eletricidade, água, transporte e comunicações no país. Em 2010, os estrangeiros respondiam por 27% dos investimentos privados em infraestrutura no Brasil já, em 2018, passaram a corresponder a 70%. Ainda, com o crescimento de 26% do fluxo de investimento estrangeiro no país, no ano de 2019, a monta total recebida passou de US$ 60 bilhões para US$ 75 bilhões, o que importou também, em reflexos para o setor destacado.

Ocorre, porém, que a crise mundial trouxe reflexos na infraestrutura e a retração dos investimentos o impactou diretamente. Em entrevista concedida recentemente à imprensa, Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), ressaltou a necessidade de aceleração de marcos regulatórios como do saneamento, do gás e da modernização do setor elétrico. Ainda, expôs a necessária garantia de retorno financeiro aos estrangeiros, alinhado com uma segurança jurídica ao investidor.

A crise do Covid-19 destacou a importância do agronegócio brasileiro que assumiu posição de destaque invejável, com crescimento de 19,66% no PIB, em comparação ao ano de 2019. Para manutenção do crescimento do setor e consolidação do país como um dos principais agentes globais, em termos de segurança alimentar mundial, o agronegócio, assim como o setor de infraestrutura, demanda investimentos. Passa a ser necessária conversa, dentro do setor, que replique as experiências favoráveis de flexibilização da entrada de capital estrangeiro, como demonstrado no setor aeroviário, com a Lei n. 13.842/2019 e no setor energético.

De acordo com os organizadores do Congresso Brasileiro do Direito do Agronegócio, tais conversas, porém, não se resumem à aquisição de terras rurais por estrangeiros a qual, sim, merece e continuará sendo discutida, consoante o Projeto de Lei n. 2.963/2019. Toda a cadeia de logística, de transporte de suprimentos, de armazenamento e de infraestrutura, vinculados ao setor, pedem por maior entrada de capital.

Além do tema “Investimentos Estrangeiros” e terá, ainda, mais três painéis: Reformas e Competitividade; Sustentabilidade e Segurança Alimentar e; Sistema de Financiamento Privado. O evento vai debater os temas mais atuais e relevantes do contexto jurídico e de apoio à formação de políticas públicas na relação com os mercados agrícolas e os sistemas agroindustriais. Este contará com a participação de renomados especialistas do direito, da economia e do agronegócio, pertencentes aos setores público e privado.

I Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio

Data: 31 de março de 2021 | Horário: a partir das 9h00 | Local: Espaço Cultural Brasil 21 – Brasília/DF

Transmissão online pelo site oficial | Mais informações AQUI

O Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) nasceu da vocação de estudar os sistemas agroindustriais e sua regulação sob o prisma de Direito & Economia. Traz um novo modelo de difusão do conhecimento, contribuindo na formulação de políticas públicas das atividades que integram esses sistemas e cumprimento do melhor fim social. O corpo docente, programa acadêmico e apoios institucionais formam os principais pilares para o desenvolvimento dos cursos e treinamentos que o IBDA desenvolve, com conteúdo de grande profundidade, mas ao mesmo tempo prático e aplicável às atividades de todos os operadores do Agronegócio.

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