Crescimento das exportações e da produtividade do agro em 2020 e a ocupação de novos mercados foram comemorados; questão ambiental é vista com preocupação

O forte otimismo com a abordagem multilateral do futuro presidente dos EUA, Joe Biden, e o aumento da relevância do mercado chinês e da Ásia em geral serão, na leitura de líderes do setor, benéficos para o crescimento do agronegócio brasileiro. Durante o Painel I, do 39º Enaex, “O agronegócio gerando crescimento sustentável e empregos, no presente e no futuro”, houve críticas em relação aos problemas ambientais referentes às queimadas e à repercussão negativa para a imagem do produtor brasileiro no exterior.

O Código Florestal e o trabalho de preservação ambiental do setor de agronegócio também foram ressaltados pelo presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, para quem esse esforço é imprescindível. Ele destacou a necessidade de proatividade para comunicar o esforço do setor internacionalmente, lembrando que a ABPA realizou e divulgou filmes mostrando a produção nacional e o cuidado com o solo, a água e o meio ambiente em torno das plantas produtivas. “Foram mais de 8 milhões de visualizações, somente na China”, destacou. E acrescentou: “Se tem uma cara que o Brasil mostra depois dessa pandemia, é de país produtor de alimentos, isso é inquestionável”. Comemorou ainda o crescimento do setor de proteína animal brasileiro durante a pandemia, tanto internamente, potencializado pelo auxílio emergencial, quanto globalmente, com 90 novas plantas liberadas para exportação.

O presidente da Abramilho, Cesário Ramalho, enfatizou que o setor de milho crescerá quase 10% em 2020, quase tudo com base em aumento de produtividade e somente 2% em maior utilização de terras e teceu elogios ao Código Florestal que, salienta, precisa ser implementado. “Mesmo durante essa pandemia, conseguimos crescer e ter as maiores exportações da história brasileira, com batendo recordes. Por isso, precisamos de uma política pública saudável que incentive os produtores a melhorar a produtividade das suas terras e ainda que enfrente as questões ambientais que prejudicam muito o produtor”, finalizou Ramalho.

Já Luiz Roberto Barcelos, diretor da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) afirmou que a fruticultura é altamente geradora de emprego e distribuidora de renda, pois 25% dos custos das empresas são ligadas aos trabalhadores. Presente nos mais de cinco mil municípios do país, tem muito destaque no cenário nacional, onde ocupa a terceira posição na produção mundial, ficando atrás apenas da China e Índia, respectivamente.

O Enaex, promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), continua ao longo desta quinta-feira. Amanhã, terá a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do vice-presdiente da República, Hamilton Mourão, que fará o encerramento do evento. Confira a programação completa de hoje e de amanhã, dia 13 de novembro, em https://enaex.com.br/


Insight
(21) 2509-5399 | insightnet.com.br