Embarques apresentaram crescimento em volume, receita cambial e preço médio da saca de café em relação à dezembro/2019

No primeiro mês de 2020, o Brasil exportou 3,2 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. A receita cambial gerada com os embarques no mês foi de US$ 438,14 milhões e o preço médio da saca de café foi de US$ 136,00, apresentando ligeiro crescimento de 1,7% em relação a janeiro do ano passado. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

Comparando os dados de janeiro deste ano a dezembro de 2019, o volume das exportações registrou crescimento de 5,3%. A receita apresentou aumento de 11,7% e o preço médio, neste caso, também cresceu em 6%.

Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 83,2% do volume total de café exportado em janeiro, com 2,7 milhões de sacas embarcadas. O café solúvel representou 9,8% dos embarques no mês, com 315,3 mil sacas exportadas, registrando aumento de 28,9% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já o café conilon (robusta) representou 6,9% de participação nas exportações, equivalente a 223,8 mil sacas. Vale destacar que esta variedade de café também apresentou crescimento, de 48,6%, nas exportações comparando com o volume do café embarcado em janeiro de 2019.

“Os resultados das exportações de café em janeiro foram muito positivos, principalmente em relação ao valor em dólares por saca, que foi superior ao mesmo período do ano anterior, apesar da forte desvalorização do real. Seguimos atendendo o mercado importador, com eficiência e qualidade. O crescimento dos investimentos, a agenda prioritária em infraestrutura no país e a queda da taxa de juros e dos índices de inflação mostram um cenário com positivo fundamento para a economia brasileira e todo o nosso setor. Comprovando mais uma vez a qualidade e sustentabilidade do agronegócio do café brasileiro, pela primeira vez, a Coréia do Sul entra para a lista dos 10 maiores importadores, dado que o país é reconhecido por sua alta exigência em qualidade no mercado internacional e junto com o Japão podem influenciar o aumento do consumo do café brasileiro nos demais países asiáticos, principalmente na China”, afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

 

Principais destinos – Em janeiro, o balanço das exportações mostra que os Estados Unidos e a Alemanha continuam sendo os países que mais consomem café brasileiro. Eles importaram, respectivamente, 617,9 mil e 617,1 mil sacas (19,2% das exportações no mês para cada país). Na sequência, os países que mais importaram o produto foram Itália, com 259,6 mil sacas (8,1% das exportações); Japão, com 192,9 mil sacas (6%); Bélgica, com 150,1 mil sacas (4,7%); Federação Russa, com 121,3 mil sacas (3,8%); Turquia, com 94,3 mil sacas (2,9%); Canadá, com 83,4 mil sacas (2,6%); Suécia, com 76,7 mil sacas (2,4%); e Coréia do Sul, com 67,5 mil sacas (2,1%).

Desses principais destinos de café brasileiro, a Suécia e a Federação Russa se destacaram por registrar os maiores crescimentos na importação de café comparando-se janeiro deste ano com o mesmo mês do ano passado. A Suécia apresentou crescimento de 96,5% na importação do produto, enquanto que a Federação Russa importou 64,7% a mais comparado a janeiro de 2019. Coreia do Sul e Canadá também apresentaram crescimento no consumo de café, de 14,9% e 11,8%, respectivamente, na mesma base comparativa. Esta é a primeira vez que a Correio do Sul entra no rol dos 10 principais importadores de café brasileiro.

Também se destacam no mês as exportações para os países do BRICS, que registraram aumento de 79% (165,8 mil sacas), Leste Europeu, +55,4% (180,9 mil sacas) e Países Árabes, com +29,1% (121,7 mil sacas).
Os embarques para os países produtores, por sua vez, também registraram crescimento, de 24,4%, com 120,4 mil sacas embarcadas no mês, destacando-se as compras de café verde do México e da Colômbia, que resultaram na participação entre os produtores, importadores do café verde, de 52,5% e 34,1%, respectivamente.

 

Cafés diferenciados – Em janeiro, o Brasil exportou 628,9 mil sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) que representaram 19,5% do total embarcado no mês. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 108,2 milhões, correspondendo a 24,7% do total gerado com os valores da exportação de café, enquanto que o preço médio ficou em US$ 172,09.

Os 10 maiores países importadores de cafés diferenciados representaram 73,9% dos embarques com diferenciação em janeiro. Os Estados Unidos seguem sendo o país que mais recebe cafés diferenciados do Brasil, com 115,1 mil sacas exportadas (equivalente a 18,3% de participação nas exportações da modalidade). A Alemanha ficou em segundo lugar, com 69,1 mil sacas (11%), seguida pelo Japão, com 65,9 mil (10,5%), Itália, com 50,9 mil (8,1%), Bélgica, com 49,8 mil (7,9%), Reino Unido, com 25,9 mil (4,1%), Suécia, com 23,4 mil (3,7%), Coreia do Sul, com 22,5 mil (3,6%), Canadá, com 22,4 mil (3,6%) e Federação Russa, com 19,9 mil sacas (3,2%).

 

Ano-Safra 2019/20 – Nos sete primeiros meses do Ano-Safra 2019/20 (jul/19-jan/20), o Brasil exportou 23,5 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 19,6% nas exportações de café robusta na mesma base comparativa da safra anterior. A receita cambial com as exportações do período até agora foi de US$ 2,9 bilhões e o preço médio ficou em US$ 126,84.

 

Portos – O Porto de Santos ocupa a liderança como via de escoamento do café em janeiro deste ano, com 83,2% de participação (2,7 milhões de sacas embarcadas por ele). Os portos do Rio de Janeiro figuram o segundo lugar, com 11,7% de participação (377,2 mil de sacas embarcadas por eles).

O relatório completo das exportações de café em janeiro de 2020 está disponível no site do Cecafé.


Fundado em 1999, o Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de café no âmbito nacional e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade social. Atualmente, possui 120 associados, entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 96% dos agentes desse mercado no país.


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