Produto importado da Argentina seria destinado à produção de farinhas, pães, biscoitos e bolos em Salvador

Auditores fiscais federais agropecuários (Affas) que atuam no Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Porto de Salvador, na Bahia, eliminaram, nesta terça-feira (2/4), 44 toneladas de trigo mofado importado da Argentina. O produto, se consumido, é nocivo para a saúde humana e animal.

O trigo chegou ao Brasil no dia 28 de fevereiro, foi fiscalizado em uma operação de rotina dos auditores que atuam na Vigilância Agropecuária do Porto de Salvador e levado para análise. O resultado apontou que o produto estava mofado. “O trigo, em geral, vem em contêineres e, às vezes, ocorrem infiltrações. A umidade acaba gerando mofo que libera microtoxinas. Se ingerido pelo ser humano, pode alojar no fígado e ser fatal”, afirma o delegado do Anffa Sindical na Bahia, Elias Elói de Santana.

O resultado do exame ficou pronto 72 horas depois da carga chegar ao porto, mas há um trâmite para que o produto seja eliminado. “A empresa importadora é a responsável pela inutilização. O processo é acompanhado pelos auditores fiscais federais agropecuários, que são os responsáveis por lavrar o termo de descarte”, conta Elias.

“Um produto como esse, se fosse processado e transformado em pães, biscoitos e outros produtos similares, poderia tranquilamente infectar a população devido a presença de microtoxinas”, alertou o delegado e Auditor Fiscal Federal Agropecuário sobre a importância da operação.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) é a entidade representativa dos integrantes da carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuário. Os profissionais são engenheiros agrônomos, farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e zootecnistas que exercem suas funções para garantir qualidade de vida, saúde e segurança alimentar para as famílias brasileiras. Atualmente existem 2,7 mil fiscais na ativa, que atuam nas áreas de auditoria e fiscalização, desde a fabricação de insumos, como vacinas, rações, sementes, fertilizantes, agrotóxicos etc., até o produto final, como sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas, produtos vegetais (arroz, feijão, óleos, azeites etc.), laticínios, ovos, méis e carnes. Os profissionais também estão nos campos, nas agroindústrias, nas instituições de pesquisa, nos labor atórios nacionais agropecuários, nos supermercados, nos portos, aeroportos e postos de fronteira, no acompanhamento dos programas agropecuários e nas negociações e relações internacionais do agronegócio. Do campo à mesa, dos pastos aos portos, do agronegócio para o Brasil e para o mundo.

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