O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de maio de 2025 fechou em 1,20, com uma alta de 5% em relação ao mês anterior. A variação é resultado de mais um período marcado pela queda nos preços das commodities e pelo aumento nos preços dos fertilizantes.
Os preços das matérias-primas utilizadas na produção de fertilizantes subiram, em média, 3,6, de abril para maio. Os principais aumentos observados foram no Fosfato (4%), Superfosfato Simples (5%), Cloreto de Potássio (3%) e Ureia (3%). Esse movimento de alta pressiona os custos de produção e contribui diretamente para a elevação do IPCF.
O preço médio das commodities caiu cerca de 1%. A soja apresentou estabilidade, o milho registrou uma queda expressiva de mais de 7%, e o algodão teve alta de 4%, o que não foi suficiente para reverter o cenário negativo. Essa retração está diretamente ligada ao avanço do plantio de soja e milho nos Estados Unidos, que ocorre sob boas condições climáticas; ao fim da colheita da soja no Brasil, com alta disponibilidade de grãos; e ao início da colheita da segunda safra, que apresenta bons números preliminares e expectativas positivas.
O cenário atual segue com o acompanhamento da safra de soja e milho nos Estados Unidos, que pode ser afetado por chuvas intensas, e à colheita da segunda safra no Brasil, que ainda depende de condições climáticas favoráveis para manter as boas expectativas. O aumento do índice exige atenção por parte dos produtores, especialmente com a aproximação da safra de verão. Ainda há uma parcela significativa do mercado a ser negociada, o que torna o momento de compra estratégico e sensível a oscilações do comércio.
O mercado de fertilizantes em crescimento e o aumento nas importações para atender essa demanda, gera um maior fluxo de navios, e potencial acúmulo de entregas. Soma-se a isso a limitação estrutural da matriz global de abastecimento de fósforo, concentrada em algumas geografias e pressionada por uma demanda mundial crescente. A oferta, por sua vez, permanece restrita, com os principais países produtores já comprometidos com vendas anteriormente contratadas. Não é simples converter o manejo planejado com MAP para Super Simples, apesar de já observamos algum movimento nessa direção, ele ainda não é majoritário e pode trazer implicações agronômica.
Diante do atual cenário global, marcado por possíveis restrições logísticas oriundas da China e limitações estruturais na oferta mundial de fósforo e também pressionada por uma demanda crescente podem gerar acúmulo de volumes no período de safra. Com a janela de importação mais curta e compromissos já firmados pelos principais fornecedores podemos esperar uma maior concentração para o segundo semestre. Caso o produtor postergue a decisão de compra, poderá enfrentar atrasos na entrega.
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Entendendo o IPCF
O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo período. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.
Metodologia
* A fonte para o cálculo dos preços dos fertilizantes no porto brasileiro é a CRU, empresa de consultoria internacional. Já os preços das commodities são apurados pela média do mercado brasileiro, em dólar, calculados com base nas publicações feitas pela Agência Estado e CEPEA.
**O índice de preços de fertilizantes inclui os valores de MAP, SSP, Urea e KCL ponderados pelas participações respectivas de seu uso no país. Já o das commodities inclui soja, milho, açúcar, etanol e algodão, ponderado pelo consumo de fertilizantes.
***O índice é também ponderado pelo câmbio, considerado 70% dos fertilizantes (custo) e 85% das commodities (receita).
****Culturas analisadas: soja, milho, açúcar, etanol (cana-de-açúcar) e algodão.
*****Dados referentes a Maio/2025.
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Com a missão de ajudar o mundo a produzir os alimentos de que precisa, a Mosaic atua da mina ao campo buscando solucionar desafios de maneira diferente, refletindo seu espírito inovador reconhecido mundialmente. A empresa entrega cerca de 27,2 milhões de toneladas de fertilizantes ao ano para 40 países, sendo uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados. Sua produção se dá com base em conhecimentos sólidos, adquiridos a partir de evidências científicas que garantem a eficácia de seus produtos. Opera na mineração, produção, importação, comercialização e distribuição de fertilizantes, incluindo bioinsumos, para aplicação em diversas culturas agrícolas, ingredientes para nutrição animal e produtos industriais. No Brasil, está presente em mais de dez estados, tendo presença também no Paraguai, com profissionais que trabalham diariamente comprometidos com a ética. Em outubro de 2024, a empresa completou duas décadas de compromisso em ajudar a alimentar uma população global cada vez maior, promovendo, para isso, ações que visam transformar a produtividade do campo e a realidade dos locais onde atua, de forma segura, sustentável e inclusiva.