Agfintech fundada por ex-BTG já financiou R$ 200 milhões com inadimplência zero e movimentou 52 milhões de toneladas de grãos
Em meio à expansão das agfintechs no Brasil, a MerX acelera para se tornar o primeiro banco agro nativo digital do Brasil.
Mais do que uma fintech, a MerX já atua como um banco para o agro, com soluções que vão desde o financiamento rural à rastreabilidade dos grãos e exportação – tudo com agilidade e inteligência de dados.
“Desde o início tínhamos a visão clara em criar uma instituição financeira 100% digital voltada ao agro, com escala, tecnologia e governança”, afirma Gustavo Vazquez (foto), CEO da MerX. “Hoje já oferecemos crédito agrícola, oportunidades de negócios e rastreamento da produção do campo até a exportação de grãos.”
Inadimplência zero em um dos anos mais desafiadores do agro – Mesmo com a forte quebra de safra e o aumento do risco no crédito rural em 2024, a MerX – por meio da gestora que possui em parceria com a Indie Capital Investimentos – desembolsou R$ 200 milhões em 144 operações, com 100% de adimplência.
Para este ano, a meta da empresa é alcançar R$ 600 milhões em ativos sob gestão com a criação de novos fundos em dois meses.
“Estamos crescendo num momento em que o mercado de crédito rural está enfrentando dificuldades. Nossa meta é aumentar o valor do crédito sem perder a qualidade”, afirma Guilherme Dominici, Head de Riscos e Finanças Estruturadas da MerX.
Conectando o agro brasileiro ao mercado global – Com a infraestrutura de financiamento validada, a MerX deu mais um passo estratégico em 2024: lançou a Sigma Trading, estrutura própria de exportação de grãos.
A ideia é permitir que cerealistas — que geralmente não têm capital ou know-how para vender diretamente ao mercado internacional — consigam exportar soja, farelo e milho e se aproveitem das margens mais elevadas desse negócio.
“Unimos tecnologia, experiência em commodities e inteligência financeira para dar autonomia ao cliente agro”, diz Paolo Silva, Head de Operações e Tecnologia da MerX. “Nosso sistema foi feito por quem conhece bem dois mundos: o financeiro e o do campo.”
Plataforma digital, dados ambientais e crédito sustentável – O diferencial da MerX está na plataforma digital que permite aos clientes – principalmente cerealistas e cooperativas – gerenciar suas compras de grãos e acessar rapidamente análises sobre a situação fundiária e ambiental dos produtores.
A tecnologia cruza vários dados sobre o CAR de uma propriedade para avaliar riscos, ver quais certificações aquela terra pode ter, e assim conseguir melhores destinos para a produção daquela área, como até melhores linhas financeiras para o proprietário da terra.
Mais de 500 mil relatórios socioambientais já foram gerados por meio da plataforma, permitindo aos clientes acesso a crédito verde e a prêmios de comercialização para soja e milho certificados. Até o momento, mais de 100 mil produtores rurais já estão mapeados em sua base.
Sobre os fundadores – Gustavo Vazquez possui mais de 20 anos de experiência no mercado de commodities no Brasil, Argentina e Estados Unidos. Além de outras funções na área de trading, desenvolveu e liderou a área de biodiesel na ADM e Cofco, e atuou por quase 10 anos no BTG Pactual, onde foi o responsável por estruturar a área de commodities agrícolas do banco, que hoje negocia mais de 17 milhões de toneladas de grãos por ano, com uma receita que supera USD 4bi.
Guilherme Dominicci é formado em engenharia pela Poli e passou por empresas como CSiro, Noble Group e BTG Pactual, onde atuou como diretor financeiro com foco em commodities, mercado de capitais e investimentos.
Paolo Silva é formado em ciência da computação pela UNICAMP e CFA, trabalhou em empresas como IBM e Brainweb. Atuou no BTG Pactual por 7 anos, onde foi Head de Estratégias e Negócios Digitais e Pesquisa.
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