Vitrines tecnológicas acontecem no moderno Centro de Pesquisas da BAM, em Campo Grande (MS), que conta com um portfólio voltado para a produção de grãos, forragem e silagem

O Centro de Pesquisa da Bonamigo ATTO Melhoramento (BAM), principal empresa de melhoramento de milheto do Brasil e segundo maior banco de germoplasma da cultura no mundo, recebeu no mês de maio consultores e produtores de todas as regiões do Brasil que puderam ver de perto a evolução genética dos híbridos de milheto. A oportunidade aproximou os visitantes do trabalho inovador da BAM.

Nas visitas, que acontecem em Campo Grande (MS), a vitrine tecnológica expôs os Híbridos Graníferos ADRg 9060 e ADRg 9070, Híbrido Forrageiro Valente ADRf 6010, Variedade Palhada ADR 300, Variedade Forrageira SuperMassa ADR 500 e uma série de lançamentos que estão por vir.

O Centro é uma das mais completas estruturas de pesquisa do Brasil e conta com laboratórios de nematologia e fitopatologia, estufas e o maior corpo de doutores e mestres da cultura no Brasil, e uma das maiores do mundo. O Centro tem 20 hectares de área total, onde 12 ha são destinados para plantio e o restante é ocupado por seis casas de vegetação para estudos com fitopatologia e nematologia.

O gerente de Pesquisa, Daniel Bonamigo, destaca que o melhoramento tem o objetivo de buscar híbridos que explorem os inúmeros diferenciais da cultura do milheto, entregando produtos ao mercado para diferentes tipos de uso, seja para produção de grãos, silagem, palhada ou pastejo.

Conhecido como “Doctor Silage”, o doutor em Zootecnia Rafael Amaral esteve recentemente em uma das vitrines tecnológicas da BAM, viu in loco uma cultura que conhece há tempos e reforçou a multifunção do milheto. “Do ponto de vista nutricional, é interessante tanto em produção de massa quanto qualidade do valor nutritivo. E tem ainda o aspecto de se ter um controle de nematoides, melhoria de matéria orgânica no solo, um aprofundamento de raiz que pode garantir uma melhoria em produção da cultura subsequente. Esse multipropósito é muito importante”.

A zootecnista e diretora de Pesquisa e Projetos da MS.DC Consultoria, especialista em silagens e pré-secados, Dra. Maryon Strack Dalle Carbonare, afirma que a visita na vitrine tecnológica BAM foi muito interessante “para nós, que estamos no campo, entendermos como é feito o processo de melhoramento genético, visualizarmos esses tipos de milheto, reconhecer as diferença e verificar como funciona todo o programa e processo”.

Ela destaca a importância de saber de onde vem a tecnologia empregada nos milhetos, além de conhecer os laboratórios e a estrutura da BAM. “Assim, podemos transmitir com segurança para técnicos, cooperativas e produtores a seriedade com que é feito o programa de melhoramento genético da ATTO”.

O milheto é uma cultura importantíssima no mundo, sendo o 6º cereal mais consumido, e, no Brasil, tem ganhado cada vez mais espaço por sua versatilidade, e por produzir um grão de excelente qualidade e liquidez.

Os híbridos de milheto granífero da ATTO, ADRg 9060 e 9070, entregam uma excelente produção de grãos e trazem uma renda importante ao agricultor quando a cultura do milho apresenta risco, além disso, possui enorme sinergia com a soja, pois reduz nematoides e recicla nutrientes. E o híbrido de milheto forrageiro Valente entrega um grande volume de massa de alta qualidade, excelente para produção de silagem, pré-secado ou pastejo.

Gerente de Pesquisa da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL), Geomar Mateus Corassa afirma que a visita foi uma oportunidade de grande valia, pois foi possível entender um pouco mais o trabalho na BAM. “A gente pode, agora, vislumbrar novas oportunidades. Momentos assim são enriquecedores, tudo que se conversa e as boas ideias que se troca. Obrigado por oportunizar isso para nós”, afirmou.

Com sede em Rondonópolis (MT), o Grupo ATTO é a holding proprietária da ATTO Sementes – antiga Sementes Adriana, líder na produção de sementes de soja no Brasil com 43 anos de história na agricultura nacional. O fundador do grupo, Odílio Balbinotti, chegou em Mato Grosso em 1980 e, mesmo com os desafios da época, conseguiu produzir sementes de qualidade para uma então nova fronteira agrícola, no município de Alto Garças. Desde 2003 a empresa é presidida por Odilio Balbinotti Filho e, além da semente de soja, passou a produzir sementes de milheto, crotalária, azevém e brachiaria, que plantam 2,0 milhões de hectares no Brasil e mais oito países. Em setembro de 2019, o Grupo lançou a plataforma PlantUP, que vem contribuir com a tomada de decisão do agricultor, alinhada com o propósito de elevar sua competitividade sem o aumento de custos.

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