Gulfood acontecerá em Dubai, entre os dias 20 e 24 de fevereiro. Segundo a Apex-Brasil, em 2022, as empresas brasileiras fecharam US$ 362 milhões em negócios. Expectativa para esta edição é atingir a cifra de US$ 3 bilhões
A FAMBRAS Halal – primeira certificadora Halal do Brasil – está a caminho de Dubai. Entre os dias 13 e 17 de fevereiro, participará, da Gulfood, a maior feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio. A empresa marca presença no evento desde 2006.
A Gulfood é uma grande oportunidade para as empresas brasileiras mostrarem seus produtos e potencial para um mercado pujante. E, obviamente, as que já obtiveram a certificação Halal saem com larga vantagem, especialmente junto aos países muçulmanos. O mercado Halal – composto por produtos e serviços permitidos para o consumo dos muçulmanos, de acordo com os preceitos da religião islâmica – deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões até 2024, de acordo com dados do State of the Global Islamic Economy.
“São cerca de 4 mil expositores de mais de 120 países”, diz o Diretor Industrial da FAMBRAS Halal, Dib Ahmad El Tarrass. “Anualmente, cerca de 100 empresas brasileiras participam da feira, muitas delas certificadas por nós”. Segundo a Apex-Brasil, em 2022, as empresas brasileiras fecharam US$ 362 milhões em negócios. A expectativa para esta edição é atingir a cifra de US$ 3 bilhões.
Segundo o diretor, a participação da FAMBRAS Halal vai além de dar suporte técnico aos cliente expositores. “Vamos participar de eventos, fóruns governamentais, além de ministrar palestras com o intuito de contribuir com a evolução do conceito e mercado Halal”.
As expectativas da certificadora são positivas. Para El Tarrass, é a possibilidade de continuar mostrando aos compradores e governos que os produtos brasileiros, além de sua qualidade inigualável, são seguros ao consumo. “O nível de credibilidade é alto. Resulta de processos de fabricação rigorosos com controle fiel da rastreabilidade”.
Oportunidades e dados de mercado – De acordo com o Diretor Industrial da FAMBRAS Halal, pensando nos industriais e produtores de alimentos brasileiros, há oportunidades de comercialização para inúmeros produtos e serviços de segmentos como os de cosméticos, fármacos, tecnologia, vestuários e calçados. “É sempre bom lembrar que os Emirados Árabes Unidos são a porta de entrada para vários países na região do Golfo e África”.
O departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), com base em dados do governo federal, divulgou que, em 2022, as exportações brasileiras para os países que compõem a chamada Liga Árabe – que reúne 22 países do Oriente Médio e norte da África – totalizaram uma receita recorde de US$ 17,74 bilhões, aumento de 23,06% na comparação com 2021.
As exportações de produtos brasileiros para a região são lideradas pelo agronegócio, com destaque para o açúcar, aves, milho e soja. Os principais destinos foram Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito, Argélia, Bahrein, Marrocos, Omã e Catar.
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Fundada em 1979, a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS é uma referência em se tratando do Islam no Brasil – uma religião que conta com 1,9 bilhão de fiéis no mundo de acordo com dados do Instituto Pew Research Center. A FAMBRAS atua nos âmbitos religioso, social, cultural, econômico e diplomático por meio de projetos educacionais, culturais e assistenciais – tanto em benefício dos muçulmanos como de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Outra missão é combater o preconceito aos muçulmanos por meio da informação. O trabalho da Federação conta com o apoio da FAMBRAS Halal – a primeira instituição certificadora Halal do Brasil, em operação desde 1979. A certificadora é líder de mercado e realiza auditorias, abate, inspeção, supervisão de produtos e implantação do Sistema de Garantia Halal junto a indústrias e frigoríficos interessados em comercializar seus produtos especialmente para os países islâmicos. Trata-se de um mercado crescente que deve movimentar US$ 5,74 trilhões até 2024, de acordo com dados do State of the Global Islamic Economy.
