O Plano Safra 2022/2023 conta com R$ 340,8 bilhões, crescimento de 36% do volume de recursos, mas crédito subsidiado esbarra em indefinição do orçamento.

 

O total de recursos disponibilizados no Plano Agrícola e Pecuário 2022/2023 foi bem recebido por associações e produtores rurais, mas existem burocracias antes da liberação do crédito. Além da questão orçamentária, que está impedindo ainda uma definição do crédito subsidiado, no dia em que entrou em vigor ainda não tinha sido publicada a Portaria que libera as instituições financeiras de operarem o crédito.

É por isso que, a cada nova safra, crescem as alternativas de crédito. Segundo o Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021, divulgado pelo Ministério da Agricultura, a captação de recursos para crédito rural naquele ano em fontes com taxas de juros não controladas cresceu 32%. Nos últimos dois anos, esta realidade se consolidou, reforçada pela falta de disponibilidade orçamentária registrada no início no ano-safra vigente.

Para que consigam a liberação de crédito de forma mais célere e sem burocracia, muitos produtores rurais têm buscado crédito em instituições financeiras com juros livres, ou seja, sem crédito subsidiado e, mais à frente, com a liberação do dinheiro, liquidam a dívida. A demora e a burocratização fazem os produtores rurais optarem por linhas que são liberadas com mais rapidez e, quando saem as linhas subsidiadas, acabam liquidando esses empréstimos.  Tem instituições que liberam o crédito em até cinco dias a uma taxa de juros mais competitiva do que a que vemos no mercado, apesar dos recorrentes aumentos da taxa Selic”, afirma Wolney de Medeiros Arruda Filho (foto), Presidente do Plantae Agrocrédito, banco em Presidente Prudente, no interior paulista, com a carteira de clientes 100% do agronegócio.

O crescimento da produção agrícola e consequente aumento do número de contratação de crédito têm impulsionado a criação de instituições financeiras como o Plantae, que espera dobrar a carteira de crédito de R$ 100 mi para R$ 200 mi este ano, além de crescer 230% na originação de crédito, passando de R$ 150 mi para R$ 500 mi.

Os principais clientes do Plantae Agrocrédito são dos segmentos de cana-de-açúcar, pecuária, soja, milho e laranja, mas a empresa acaba de lançar um novo produto, o Consignado do Agro, para ampliar a atuação no segmento de eucalipto.

Veja AQUI a entrevista do presidente do PLANTAE Agrocrédito


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