Redução no uso de ingredientes ativos nas lavouras e coleta itinerante das embalagens vazias estão entre as atividades já consolidadas. 

 

Nesta terça-feira, 11 de janeiro, é o Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos, data para conscientizar a população brasileira quanto aos riscos causados pelo uso indiscriminado de defensivos. No setor do tabaco, diversas ações contribuem com a causa. Entre as mais significativas estão a redução no uso de agroquímicos na plantação em níveis mínimos e as atividades do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos.

Em relação ao uso de agrotóxicos, as indústrias de tabaco têm investido fortemente ao longo dos anos para a redução dos ingredientes ativos utilizados nas lavouras dos produtores integrados. E os resultados têm sido atestados por quatro diferentes pesquisas. A mais recente delas, realizada por professores da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), aponta que o tabaco está entre as culturas que menos utilizam defensivos, com apenas 1,01 quilo de ingrediente ativo por hectare.

Outra grande contribuição é realizada pelo Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, desenvolvido há 21 anos pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas em parceria com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). O programa, que já possibilitou a correta destinação de mais de 17,7 milhões de embalagens vazias, permite a logística reversa das embalagens de agrotóxicos usadas nas propriedades rurais dos produtores de tabaco.

Por meio da coleta itinerante, as equipes de recebimento percorrem anualmente 1,8 mil pontos de recebimento em 10 roteiros, abrangendo atualmente 395 municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. São atingidos diretamente 113 mil produtores, que recebem, previamente, convites entregues pelos técnicos das empresas associadas ao SindiTabaco, com informações sobre os locais, datas e horários do recebimento em cada localidade.

Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, além do trabalho visando a diminuição no uso de agroquímicos, o setor também promove o programa para que nenhuma embalagem seja descartada incorretamente ou fique na propriedade causando poluição ambiental. “Nosso programa já contabiliza 21 anos de pioneirismo em logística reversa, com resultados visíveis e significativos”, ressalta. “A coleta itinerante atende os produtores de tabaco, mas, como são agricultores diversificados, eles têm a oportunidade de entregar também os recipientes dos agrotóxicos usados nas outras culturas”, explica. “Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a ação visa preservar a saúde e segurança do produtor e da sua família”, conclui Schünke.

 

O destino das embalagens – Após coletadas pelo Programa de Recebimento, as embalagens são enviadas para centrais de recebimento credenciadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), onde passam por triagem e separação e seguem para a destinação final. Conforme o coordenador do Programa, Carlos Alberto Sehn, 93% do material coletado é reciclado, podendo ser transformado em vários artefatos, como conduítes, dutos, drenos e conexões e tubos para esgoto, ou em novas embalagens e tampas de agroquímicos. “E o material sem condições de reciclagem, cerca de 7%, é destinado para incineradoras licenciadas”, conta.

Como os produtores são orientados a fazerem a tríplice lavagem, o programa do setor do tabaco possibilita um alto índice de reciclagem. Isso contribui para que o Brasil mantenha o status de modelo para o mundo em destinação ambientalmente correta de embalagens plásticas de defensivos agrícolas, pois está à frente de outros países com programas semelhantes, como França, que recicla 77%; Canadá, 73%; e Estados Unidos, 33%. Sehn lembra ainda que a ação do setor do tabaco é anterior à legislação que determina a devolução das embalagens às suas respectivas origens. Criado no ano 2000, o programa antecedeu o Decreto 4.074, de 04 de janeiro de 2002.


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