Oitenta por cento da carne bovina produzida em nosso País são consumidos pelos próprios brasileiros e até setembro de 2021 mais de 1,27 milhão de toneladas foram exportadas. Tal volume tem pressionado os pecuaristas a buscarem cada vez mais eficiência dentro da porteira.

E uma das tecnologias que mais vem fazendo sucesso entre os criadores de gado é um suplemento alimentar chamado Engordin Grão Inteiro. O produto atingiu recentemente a marca de 2.000.000 de cabeças tratadas, que, segundo informações da Agrocria Nutrição Animal e Sementes, foi um recorde possível graças ao pioneirismo da dieta de alto grão no Brasil.

Sucesso nos Estados Unidos e na Europa desde a década de 1970, a técnica de fornecimento de grãos inteiros de milho (ou alto grão) no confinamento de bovinos de corte já era estudada por aqui em 1990, mas uma parceria entre a Agrocria e a Universidade Federal de Goiás (UFG) permitiu popularizá-la entre os confinadores, a partir de 2009.

“Nós desenvolvemos uma dieta que já existia no exterior, porém, com muito pouco uso. Fizemos uma releitura, em parceria com uma universidade federal, e a adaptamos à realidade brasileira, com nosso milho tropical, que é mais duro”, lembra Ricardo Scartezini, médico-veterinário e sócio-proprietário da Agrocria. As pesquisas tiveram duração de quatro anos.

Para efeito comparativo, em média, um bovino alimentado a pasto é abatido com até 20@ de peso aos 36 meses de idade nem sempre com o acabamento de carcaça desejado, já aquele confinado com alto grão associado ao Engordin Grão Inteiro pode ser enviado para o frigorífico antes dos 24 meses com premiação da indústria por qualidade de carne.

Como resultado, aumenta-se o giro de animais dentro do confinamento ou semiconfinamento. Também promove-se um resultado zootécnico superior, pois a dieta de alto grão propicia maior rendimento de carcaça e ganho em peso diário, principalmente durante o período seco do ano, quando as pastagens possuem baixos níveis nutricionais para os animais.

“Com essa ferramenta maravilhosa, quando o pecuarista tem um momento como esse de hoje, em que a arroba do boi gordo supera os R$ 300,00, e tem gado magro na fazenda, mesmo sem ter pasto suficiente, pois isso é natural da estação seca, ele consegue confinar gado com alto desempenho sem depender de qualquer maquinário especializado. Ele utiliza somente a mão de obra já existente na fazenda”, explica Scartezini.

De acordo com o médico-veterinário, mesmo num momento em que a principal fonte de proteína da alimentação do gado confinado – a soja – e a fonte de energia mais utilizada do momento – o milho – estejam com preços elevados, é possível realizar a operação com rentabilidade.

“A utilização de Engordin Grão Inteiro varia conforme o mercado de milho e no seu melhor ano chegou, sozinho, a comercializar 14 mil toneladas de suplementos. Hoje, é possível obter uma margem de lucro de 9% nos 3 meses de confinamento, um resultado ótimo comparado aos dois últimos anos”, informa o também médico-veterinário Flávio Castro, diretor de Operações da Agrocria e criador da tecnologia.

 

Engordin Grão Inteiro evolui para linha de produtos – O Engordin Grão Inteiro é um alimento concentrado em proteínas, minerais, vitaminas e contém os aditivos Fator Next, que estimula o maior consumo de matérias seca, e Fator Máxima Conversão (MC), responsável por otimizar os índices zootécnicos dos animais.

Doze anos depois de seu lançamento, a marca evoluiu para uma completa linha composta por dez produtos destinados a diversas associações nas dietas de confinamento e semiconfinamento. A tecnologia é bem simples de ser utilizada, bastando ao produtor oferecer 15% de Engordin Grão Inteiro e 85% de milho.

Mas antes de fornecer a dieta total é necessário fazer uma adaptação de 15 a 21 dias. Tamanho é o sucesso que Engordin Grão Inteiro passou a ser utilizado também por produtores de leite no abate de machos. Esta categoria animal é abatida com peso mais leve, entre nove e 12@, mas o suficiente para gerar lucro de 3,23% ao mês durante os quase 90 dias de confinamento.

Esses foram os resultados obtidos pela Fazenda Boa Esperança, onde 18 animais com peso médio de 189 kg apresentaram 275 kg depois de 84 dias no protocolo. O custo por animal ficou em R$ 2.524,00 enquanto a média de venda atingiu R$ 2.752,00.

Ou seja, a propriedade lucrou R$ 228,00/cabeça na operação (9%). Esses números foram apresentados durante Show Room Virtual da Agrocria. Veja na íntegra clicando aqui.


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