Vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro 2020 apostaram em diferentes soluções e provaram que aliar sustentabilidade à inovação rende bons resultados no campo

Kamila Laida

Investir em práticas mais sustentáveis e combiná-las com inovação pode ser uma saída para aqueles que almejam uma alta na produtividade, independente do cultivo. E foi justamente seguindo este pensamento que Simoni Tessaro e Kamila Laida, vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro em 2020, conseguiram se destacar em suas regiões.

Após herdar o Sítio Santa Mônica de seu pai, Simoni, que produz soja, milho e aves, em Serranópolis do Iguaçu (PR), notou que seria necessário realizar ajustes na gestão da sua fazenda, caso quisesse produzir mais e fazer com que a propriedade se tornasse sua fonte de renda principal. “Nós passamos a realizar correção de solo e a tratá-lo com adubo orgânico, fizemos o plantio direto e rotação de cultura”, explica Tessaro. O resultado foi o aumento de aproximadamente 112%, em média, na quantidade de sacas de soja colhidas.

Simoni Tessaro

“Notamos que os demais produtores da região colhiam aproximadamente 130 sacas de soja por alqueire, enquanto nós estávamos colhendo apenas 80 sacas. Com isso, concluímos que alguns investimentos precisavam ser feitos e, hoje, produzimos como qualquer outra propriedade, tudo graças a adesão de práticas mais sustentáveis e tecnológicas”, conta Simoni.

Já Kamila, atualmente, é produtora de pecuária bovina, suínos e responsável pela venda de maravalha de eucalipto no Grupo Guimarães Aguiar, em Rio Verde (GO). Na coordenação da propriedade, ela optou por mudar o destino dos dejetos de sua granja e passou a transformá-los em adubos de pastagem. A consequência desta alteração foi uma alta nos nutrientes do pasto, dando, assim, um maior suporte aos animais e tornando possível aumentar a quantidade de Unidade de Animais (equivalente a 450kg por unidade) de 2 para 8 por hectare.

“Com a adubação orgânica, meus animais ficam bem assistidos, ou seja, eu dou mais nutrientes para a planta e, consequentemente, isso é revertido em produtividade da fazenda, com mais unidade animal por hectare”, comenta Kamila. Além de permitir que ela tenha um número maior de animais por área, a produtora ainda afirma que o destino correto dos dejetos a permite aliar a alta da produtividade a sustentabilidade, um dos principais pilares do Grupo Guimarães.

 

Outros benefícios notados – A alta na produtividade é uma vantagem do investimento em soluções inovadoras e sustentáveis, mas ela não vem sozinha: economia, melhora na qualidade, assertividade na tomada de decisões e, claro, contribuir com o meio ambiente são benefícios destacados pelas produtoras. Simoni, por exemplo, ao conseguir investir em placas fotovoltaicas, pode alimentar sua casa, dois aviários e a casa de sua mãe a um custo mínimo mensal.

“Esta substituição, além de reduzir poluição e gases do efeito estufa, fará com que, em 5 anos, o investimento se pague sozinho e eu conseguirei tocar toda a minha propriedade a custo praticamente zero”, conta a produtora. Antes do investimento, Simoni tinha um gasto mensal de R﹩ 1.100 com a energia elétrica. Após apostar na energia solar, este valor diminuiu quase que 100%, caindo para uma média de R﹩ 100.

O investimento em tecnologia também trouxe bons resultados para as agricultoras. Kamila, como administra diferentes atividades, sentiu a necessidade de uma gestão mais integrada. Ao aderir a um software de gestão, ela conseguiu ver todas as atividades em tempo real e enxergar de uma maneira mais clara e objetiva o custo e lucro de cada uma.

“Investir em transformação digital foi um ponto importante no processo de adoção de boas práticas. Antes, tudo era muito manual e fazíamos uso de uma planilha de Excel. Ao apostar na tecnologia para gerir todos os meus negócios, eu consigo, por exemplo, ter uma melhor previsibilidade de possíveis problemas e pensar em uma solução com antecedência”, relata a produtora.

 

Prêmio Mulheres do Agro – Tanto Simoni quanto Kamila foram vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro 2020, nas categorias média e pequena propriedade, respectivamente. “Obter este reconhecimento do prêmio me fez ver que eu estou na direção certa e trouxe um gás a mais para que eu continue inovando em minha propriedade”, declara Kamila.

Como dica para as interessadas em se inscreverem, Simoni diz que um dos principais pontos é não ter pressa para finalizar o formulário. “Dá para entrar, preencher e sair a hora que quiser, tendo a possibilidade de continuar depois. É importante se inscrever, independente de ganhar ou não, porque quando escrevemos nossa história no papel, acaba se tornando um autorreconhecimento e nos permite olhar para a nossa própria trajetória”, finaliza a produtora.

As inscrições para a edição deste ano encerram no dia 20 de agosto e a premiação ocorrerá em outubro, durante o 6º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio.

Prêmio Mulheres do Agro é uma iniciativa idealizada, em 2018, pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela Bayer, para valorizar a importância do trabalho realizado pelas produtoras rurais, incentivando cada vez mais a gestão inovadora de mulheres no setor. O prêmio tem como tema Gestão Inovadora e reconhece empreendedoras rurais de pequenas, médias e grandes propriedades que seguem boas práticas agropecuárias e gestão sustentável com foco nos pilares econômico, social e ambiental como: uso racional de recursos naturais, aumento da eficiência da produção com gestão inovadora, projetos que permitam o desenvolvimento social da comunidade ou colaboradores da propriedade, bem-estar animal e valorização do capital humano.

A Bayer celebra, em 2021, 125 anos de Brasil. Chegou ao País em 1896, abrindo a primeira fábrica no Rio de Janeiro; Hoje, está presente em mais de 30 cidades, com 6.500 profissionais espalhados de norte a sul. O Brasil é o maior mercado da Bayer na América Latina e local de grandes descobertas na medicina, de novas tecnologias para o campo e de inovações que melhoram a qualidade de vida do brasileiro e contribuem para o desenvolvimento do país.
O Grupo está atento aos novos desafios da humanidade, cada vez mais coletivos e que não podem ser solucionados por atores isolados. Por isso, tem investido cada vez mais em modelos de negócios baseados em colaboração, por meio de suas três divisões e do seu primeiro hub de inovação aberta da América Latina, com parcerias relevantes para os negócios.
E para construir os próximos 125 anos, mais que fortalecer sua voz, a Bayer quer ampliar sua escuta e entender cada vez melhor as expectativas da sociedade e as necessidades dos clientes: seja o agricultor, o médico, o paciente, o consumidor – e a sua gente, cada vez mais plural e diversa; quer estreitar laços, alinhar expectativas, promover o diálogo, aproximar sua comunicação e construir os próximos passos da empresa junto ao público. Porque Você e Bayer: é bom.

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