Os nutrientes cálcio e enxofre contribuindo como construtores de altas produtividades de milho e soja

Por Edwin Assunção*

No Brasil, observa-se que é cada vez mais comum o uso de fertilizantes com elevados teores de fósforo (P) e baixos ou nulos aportes de outros nutrientes essenciais nos diversos sistemas produtivos. Nesse sentido, destacamos a importância dos macronutrientes enxofre (S) e cálcio (Ca) por participarem ativamente de processos específicos que estão ligados aos ganhos de produtividade das culturas.

Vale ressaltar também os baixos níveis de fertilidade dos solos tropicais brasileiros nas diversas regiões e, por conta disso, os produtores devem buscar soluções nutricionais de alta eficiência e performance. A nutrição completa contribui para a maior uniformidade e produtividade das lavouras, uma vez que auxilia o bom desenvolvimento radicular das culturas, com respostas positivas também na parte aérea, proporcionando a manutenção do vigor e da saúde das plantas.

Atualmente, o Brasil está retomando o posto de maior produtor mundial de soja, mesmo em meio à pandemia. Para o milho, os preços são atrativos e os retornos continuam sendo favoráveis ao produtor. Para manter essa performance, é fundamental que eles busquem estratégias para o fornecimento adequado de nutrientes à sua lavoura, pois a nutrição de plantas é um dos fatores determinantes para continuarmos em destaque no cenário agrícola mundial.

Considerando-se o manejo nutricional para lavouras de alta performance de milho e soja, destaca-se a importância do monitoramento dos atributos químicos, físicos e biológicos do solo. Com o uso adequado dessas ferramentas conseguiremos posicionar a melhor estratégia para o fornecimento de nutrientes.

Em relação aos macronutrientes, evidenciam-se as funções do cálcio como elemento importante para o crescimento e desenvolvimento radicular, diminuindo o efeito negativo do alumínio tóxico, favorecendo a absorção de água e nutrientes, além de contribuir positivamente para a sanidade das lavouras. No caso do não fornecimento de cálcio, a atividade do alumínio tóxico aumenta, comprometendo o desenvolvimento do sistema radicular das plantas, o que reduz a capacidade de exploração de água e nutrientes em camadas mais profundas do solo por parte das raízes, aumentando a suscetibilidade das plantas à deficiência hídrica e nutricional durante os períodos de estiagem.

Outro macronutriente que merece destaque é o enxofre. Esse elemento atua em rotas fisiológicas importantes nas diversas culturas agrícolas de interesse econômico. É absorvido na forma de sulfato, atuando principalmente na síntese de aminoácidos e proteínas. Um artigo publicado em na Revista Brasileira de Ciência do Solo, em 2019, pelo pesquisador Osmar Henrique de Castro Pias e colaboradores, destaca que a demanda por enxofre tem aumentado nos diferentes sistemas produtivos devido ao alto potencial produtivo das culturas produtoras de grãos, que também possuem alto requerimento desse nutriente; ao frequente uso de fertilizantes nitrogenados e fosfatados com baixo teor de S; à reduzida deposição atmosférica de S, ao aumento expressivo da monocultura ou sucessão de culturas com baixo aporte de resíduos vegetais (matéria orgânica) e à limitação química ou física do solo em subsuperfície.

Nesse sentido, a Yara busca associar em suas soluções nutricionais o fornecimento de enxofre e cálcio solúveis no processo de produção de fertilizantes fosfatados considerando o aporte de fósforo na linha de plantio ou a lanço e o efeito adicional de doses de fertilizante contendo sulfato de cálcio também como condicionador de subsuperfície do solo. Soma-se a isto, o fornecimento de micronutrientes, tais como o boro, zinco e manganês em todos os grânulos do fertilizante, que complementam a tecnologia direcionada a lavouras de alta produtividade.


(*) Edwin Assunção é Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia (Solos e Nutrição de plantas) e Especialista Agronômico da Yara Brasil Fertilizantes.


A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar esses compromissos, lidera o desenvolvimento de ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com seus parceiros em toda a cadeia de valor de alimentos com o objetivo de desenvolver soluções sustentáveis e ser a empresa de nutrição de plantas do futuro. Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, a Yara está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países. Em 2018, registrou uma receita de US﹩ 12,9 bilhões.

No Brasil, a Yara contribui para desenvolver a agricultura nacional, contemplando em suas soluções nutricionais todos os solos e culturas. A empresa também fornece soluções industriais para a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades. Presente no País desde a década de 1970, a empresa possui operações industriais, de mistura e distribuição nos principais polos agrícolas do Brasil, contando com aproximadamente 7 mil colaboradores.


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