Os lances arrecadaram o valor total de R$ 56.847,00, comercializando 29 sacas

As empresas Grupo 3 Corações e Portal das Cachoeiras, de Ibicoara, na Bahia, foram as campeãs na categoria Ouro/Arábica pagando o valor de R$ 6.500,00 por saca de café do produtor Antonio Rigno de Oliveira, de Piatã, na região Planalto Baiano, na Chapada Diamantina (BA), o mais bem avaliado na categoria Arábica.

E na categoria Ouro/Canefora, que é uma ação inédita do concurso e, consequentemente, do leilão, a empresa Cical Alimentos, de Rondônia, deu o maior lance – no valor de R$ 1.600,00 – pela saca do produtor mais bem avaliado em Canefora, Alex Marques de Lima, de Alto Alegre, Matas de Rondônia.

Na categoria Diamante, que premia a empresa com maior investimento em qualidade, o vencedor foi o Grupo 3 Corações, com a soma total de R$ 16.600,00.
Nesse ano, o 16º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café – Origens do Brasil – Safra 2019 – teve um número recorde de participantes com 15 regiões produtoras, totalizando 44 amostras. O novo formato do concurso possibilitou a presença de diversas origens, abrangendo todas as regiões do País.

Participaram do concurso as seguintes origens:

  • Minas Gerais: Campo das Vertentes, Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Mantiqueira de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas;
  • São Paulo: Média Mogiana e Região de Pinhal;
  • Espírito Santo: Conilon Capixaba e Montanhas do Espírito Santo;
  • Rio de Janeiro: Vale do Paraíba;
  • Paraná: Norte Pioneiro do Paraná;
  • Rondônia: Matas de Rondônia;
  • Bahia: Chapada Diamantina e Planalto de Vitória da Conquista.

Ao todo, 20 empresas participaram do leilão, com valor total de R$ 56.847,00 em lances, com preço médio por saca de R$ 1.959,00. Um destaque desta edição foi o grande volume de lances ofertados.

“Já faz parte da nossa cultura o incentivo aos produtores de café brasileiro e, consequentemente, a valorização de suas regiões, que tornam o Brasil cada vez mais um País produtor de cafés de qualidade diferenciada. E este ano foi especial, com o leilão dos Robustas Amazônicos e Capixabas, algo ímpar quando comparado com o mundo produtor de cafés. Desta forma, sempre fortalecemos e consolidamos a nossa participação nos leilões promovidos pela ABIC e neste ano não foi diferente”, explica Gilberto Nogueira, do Grupo 3 Corações.

O leilão online aconteceu entre os dias 07 e 12 de fevereiro de 2020 e o lance mínimo foi de 70% acima da cotação BMF/Bovespa do dia 06 de fevereiro. O pregão pôde ser acompanhado todos os dias diretamente no site da ABIC, o que permitiu mais transparência e uma maior competitividade entre os participantes.

Para Antonio Rigno de Oliveira, produtor de Piatã, que teve o café mais bem avaliado entre os Arábicas, concursos e leilões como esses são um meio de valorizar e honrar o trabalho dos produtores de café e com isso, agregar valor ao produto, que tem qualidade, sabor e aroma para ser reconhecido mundialmente, incluindo ainda a diversidade regional.

Esse reconhecimento é também o que motivou e incentiva o produtor Alex Marques, de Matas da Rondônia, que foi o que teve o café Canefora mais bem avaliado. Para ele, essas ações valorizam as regiões produtoras, em especial Rondônia, que já vem tendo destaque no meio do café, e principalmente, valorizam o Brasil com seus cafés de altíssima qualidade.

Todos os cafés adquiridos pelas empresas no leilão online serão industrializados e poderão ser adquiridos pelos consumidores em edições especiais. O lançamento desses cafés será no mês de abril, durante a cerimônia de premiação dos Melhores Cafés do Brasil.

Para o presidente da ABIC, Ricardo Silveira, tanto a acirrada disputa no leilão como também no concurso, mostram que indústrias e produtores trabalham para aumentar a qualidade do café. Para ele, essas ações reafirmam que o brasileiro pode consumir os melhores cafés do mundo, certificados pela entidade e num padrão de excelência de qualidade.

Os cafés Arábica e Canefora foram avaliados nos últimos dias 4 e 5 de fevereiro, por um júri composto por especialistas em classificação e análise sensorial. As amostras foram submetidas à metodologia do PQC – Programa de Qualidade do Café ABIC, e a nota mínima exigida é de 7,3, sendo que o resultado das avaliações representa 90% da nota final. Os 10% restantes são pautados na questão de sustentabilidade das propriedades produtoras.

 

Grão Café valoriza disputa no Leilão – Participante assídua nos últimos anos do Concurso ABIC, o clube de assinatura Grão Café, de Presidente Prudente-SP, foi a empresa que realizou o maior número de lances no período do leilão, arrematando quatro sacas de quatro regiões diferentes. Papel semelhante teve o Café do Moço, do barista Léo Moço, de Curitiba-PR, que arrematou três sacas de três regiões, entre elas, Rondônia.

A Villa Café, indústria associada da ABIC, também arrematou três sacas do certame. As demais empresas participantes foram: Armazém do Café, Arminda Café Gourmet, Barisly Café, Baryx, Black Prime Café, Café Cajubá, Café Excelsior, Café Lontrinha, Café Mazzi, D. Gama Pousada e Camping, Gabriel Abreu Ramos (MEI), Il Barista Cafés Especiais, Kaphé e Prelúdio Cafés Especiais.

O resultado do leilão e do Concurso estão disponíveis no site da ABIC: www.abic.com.br/concursonacional.


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