Tecnologia tem como função auxiliar na medição de umidade de grãos para secadores, além de ter especialização no segmento de commodities, o que exige cuidados na mensuração contínua

Com intuito de garantir o máximo rendimento do processo e um produto final de alta qualidade, por meio do processamento contínuo e ininterrupto do fornecimento de dados de umidade e temperatura dos grãos, além de acompanhamento em tempo real, a Gehaka lança o Sistema G8000, que permite a medição contínua de umidade e temperatura nos processos de secagem de grãos.
A tecnologia é singular e, por enquanto, sem similares no Brasil, com curvas de calibração aprovadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Sua precisão evita que seja utilizada a forma manual de inserções de dados e que haja possíveis erros nos dados coletados pelo operador, como o percentual de umidade e temperatura. Ainda oferece uma série de informações adicionais que ajudarão em toda a operação de secagem. Com sua chegada ao mercado, as transações comerciais para diversos tipos de grãos ficarão bem mais seguras e exatas.

 

Como funciona – O Sistema G8000 é um sistema de medição de umidade automático, que retira a amostra de grãos, mede o teor de umidade e devolve o produto para o secador, automaticamente. A solução, já incorporada ao conceito de Indústria 4.0, dispõe de medidor, câmara de medida, mostrador, sistema de alarme, acionamentos e controlador lógico programável (CLP), entre outros componentes. O novo sistema foi projetado exclusivamente para uso agrícola, o que exigiu muita atenção no projeto para que a mensuração fosse exata, mesmo diante de interferências como temperatura, peso da amostra, tipo e densidade do grão. “Agora o responsável sabe com antecedência em que nível está o teor de umidade e aonde se pretende chegar. Assim, torna-se mais fácil tomar decisões, além de ser mais rápido e com menor chances de erros”, explica Christian Claudot Kaufmann, diretor comercial da Gehaka.

O primeiro índice de água é medido logo após a colheita. Depois, é feita a secagem, mas nessa fase é preciso conhecer o teor de umidade, para que se efetue o pagamento da mercadoria, já que não se deve comprar água em vez de grão. O padrão ideal de comercialização da soja, por exemplo, é ter 14% de umidade. Se, no caso, o grão for entregue ao produto com 24% de umidade, nessa transferência haverá 10% de água. Há uma tabela de desconto que cresce à medida que o teor de umidade do grão fica maior. Assim, o receptor descontará 10% de água e cobrará pelo serviço de secagem do grão, pois terá que baixar o teor de umidade para 14%.

 

Evitar prejuízos – Hipoteticamente, se por uma razão qualquer um funcionário não retirar o produto do secador e os grãos chegarem a 12% em vez de 14%, haverá um prejuízo direto de 2%, porque ele poderia ter entregado água ao comprador e, em vez disso, entregará grão. “Nesse caso, se multiplicarmos o valor correspondente em reais ou mesmo dólares, haverá prejuízos significativos para o vendedor”, diz Alexandre Fernandes, diretor de engenharia da Gehaka.

O retorno sobre o investimento no Sistema G8000 é estimado em cerca de dois anos, considerando somente o custo de um profissional de nível médio para a medição de umidade tradicional. Mas, de acordo com Fernandes, é preciso avaliar nesse contexto o que efetivamente se deixa de perder com o avanço. A nova tecnologia oferece ainda a possibilidade de automação total e o usuário tem muito mais confiança e integração com os dados em mãos. Alguns usuários já estão desenvolvendo, em testes, essa nova solução com blockchain, tecnologia de registro distribuído, visando à descentralização como medida de segurança, permitindo transferir dados para a web, tornando-os rastreáveis. Dessa maneira, o cliente final que comprar uma determinada mercadoria saberá seguramente onde e em que dia e hora o lote específico foi secado, e com todos os detalhes de rastreabilidade.

 

Operação – No Sistema G8000 tudo começa quando o produto chega ao secador, que recebe toneladas de grãos de uma só vez. Nele, há uma fornalha onde se gera calor para secar o grão. O grão é elevado ao topo do secador, depois despejado, e no contrafluxo o ar quente realiza a secagem. No final do processo, o operador decide se será necessária uma nova passagem do grão ou se este já está com o teor de umidade adequado, ao redor de 14% no caso da soja, para direcioná-lo ao armazém.

Hoje, no processo tradicional, os funcionários fazem os registros manualmente, retirando uma amostra do grão e colocando-a no medidor de umidade convencional de bancada. A seguir, fazem a medida naquele local, que às vezes está distante do secador. Isso é feito durante 24 horas por dia no período de recebimento da colheita.

O grande problema é que nem sempre o funcionário realiza isso adequadamente. Às vezes, por conveniência, ele pode até não medir efetivamente a mercadoria, arredondando números ou colocando um valor que considerar oportuno, desviando-se do controle efetivo da operação. Normalmente, as leituras são feitas a cada 15 minutos, mas às vezes podem ser realizadas a cada hora. “É da natureza humana, quando se coloca uma pessoa para fazer um trabalho repetitivo num ambiente quente e numa condição difícil e exaustiva, que durante o período da noite o funcionário possa relaxar. Ele pode pular os horários e não fazer adequadamente a sua tarefa”, analisa Fernandes. “O novo sistema de medição se enquadra numa situação típica para a Indústria 4.0, ou seja, a de retirar a interferência humana da operação e em seu lugar colocar um instrumento mais preciso e automático.”

A Gehaka também está em estudos e negociações para que o sistema possa vir integrado a algumas marcas de secadores de grãos disponíveis no Brasil. Isso proporcionará uma automação total desde o início da aquisição do secador. Já no caso de aquisição apenas do Sistema G8000, o comprador, de início, receberá a visita de uma equipe técnica da fábrica para obter as informações necessárias para o desenvolvimento específico do projeto, e depois será feita a instalação de todo o sistema. Na sequência, virá a fase de validação junto ao comprador, além de todo o treinamento necessário para os operadores do sistema. Por fim, haverá o suporte técnico, com visitas periódicas programadas geralmente nas entressafras, a fim de manter o sistema em plenas condições operacionais para a secagem dos grãos da colheita seguinte.


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