Dados do ATeG apontam que a média de produção diária das vacas em lactação é de 7,08 litros, quatro vezes maior que a de MS

Incrementar a produção leiteira sul-mato-grossense. Esse é um dos objetivos do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Mais Leite, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Atualmente 33 técnicos de campo atendem 707 propriedades rurais no estado, capacitando, orientando e auxiliando os produtores na gestão do seu negócio por meio da assistência técnica.
Dados do mês de agosto apontam produção média diária de 93,34 litros por propriedade assistida pelo ATeG Mais Leite, o que remete a uma produção média de 7,08 litros/vaca/dia, número quatro vezes maior que a média estadual de 1,8 litro/vaca/dia, segundo o Anuário da Pecuária Brasileira – 2017, da Informa Economics IEG | FNP.

“É fundamental que o produtor esteja preparado, com um bom manejo alimentar, para que o seu rebanho enfrente os períodos sem chuva. O planejamento e a produção devem ser feitos com antecedência para que o alimento esteja pronto na época de escassez de água. Como existem várias estratégias para seca, é necessário escolher aquela que mais se adeque ao sistema de produção, e nesse momento a orientação técnica faz toda a diferença. Os produtores têm mais segurança para esta tomada de decisão”, diz a coordenadora do programa do ATeG Mais Leite, Bruna Bastos.

Trabalho que tem feito diferença – Esses resultados refletem a efetividade das ações da equipe técnica do Senar/MS, principalmente no quesito nutricional.
Quando comparamos o desempenho produtivo de propriedades que não planejam e adequam sua reserva alimentar para a época da seca, o efeito é ainda mais significativo, pois muitas delas chegam a zerar a produção de leite neste período.

Na seca, o capim não cresce com o mesmo vigor e tem o seu valor nutricional reduzido, prejudicando a qualidade da forragem. Assim, em épocas de chuva escassa, é necessário adotar alternativas para manter o patamar produtivo, sendo as mais recomendadas pela ATeG Mais Leite a cana-de-açúcar com ureia, capim-elefante, leguminosas forrageiras e silagem.
“Eu achava que sabia tirar leite. Mas, na verdade, não! Já cheguei a perder vaca, pois não programava nada. Hoje, vejo que conhecimento é tudo! Falo para os amigos correrem atrás disso”, declara João Torres Silva, proprietário do Sítio Santa Terezinha das Rosas, na zona rural de Sidrolândia.

Depois do acompanhamento do ATeG, planilhas detalhadas, e metas traçadas, é ele quem produz a silagem para suplementação do gado leiteiro da propriedade, seguindo todas as orientações do técnico de campo. “Até isso eu aprendi a fazer sem onerar meus custos. Graças à assistência do Senar/MS”, afirma. De acordo com Francisco diariamente são utilizados de 25 a 30 quilos de volumosos gramíneos misturados com dois quilos de ração. “Após a ordenha, pela manhã, é oferecida a silagem de milho. Já a tarde é a forragem de cana-de-açúcar com capim-napier”, explica o médico veterinário.

Serviço – Os produtores que têm interesse em receber a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/MS, devem entrar em contato com o Sindicato Rural do seu município. Vale lembrar que tanto as capacitações quanto a assistência técnica são totalmente gratuitas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (67) 3320-6942.

 


 

Sobre o Sistema Famasul – O Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) é um conjunto de entidades que dão suporte para o desenvolvimento sustentável do agronegócio e representam os interesses dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul. É formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e pelos sindicatos rurais do Estado.O Sistema Famasul é uma das 27 entidades sindicais que integram a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como representante do homem do campo, põe seu corpo técnico a serviço da competitividade da agropecuária, da segurança jurídica e da valorização do homem do campo. O produtor rural sustenta a cadeia do agronegócio, respondendo diretamente por 17% do PIB sul-mato-grossense.


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