FriGol, um dos principais e mais tradicionais processadores de carne bovina do Brasil, registrou receita bruta de R$ 1 bilhão no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida atingiu R$ 972 milhões, 18% superior. A companhia obteve um lucro líquido de R$ 1 milhão, melhorando na comparação com o primeiro trimestre de 2024, quando teve prejuízo de R$ 5 milhões.

“Tradicionalmente, o primeiro trimestre costuma ser o mais fraco em nosso setor. Em 2023 e 2024, tivemos prejuízo no período. Agora, registramos aumento nas receitas e no lucro mesmo em meio aos desafios da baixa oferta de gado”, destaca Luciano Pascon, CEO da FriGol.

O ciclo pecuário, com baixa oferta de boi gordo e, consequentemente, alta no valor da arroba, trouxe impactos no número de animais abatidos e no EBITDA. A companhia abateu 159 mil bovinos no trimestre, queda de 7% em relação a 2025. Já o EBITDA foi de R$ 9,7 milhões, queda de 56% na comparação anual, com margem de 1%.

A alta da arroba pressionou as margens no mercado interno e no mercado externo, mesmo com uma valorização de 9% no preço da tonelada exportada na comparação anual. “Já neste segundo trimestre, estamos vendo um cenário mais positivo, com tendência de queda na arroba, elevação no preço da tonelada no mercado externo e consistência nas margens no mercado interno”, pontua Carlos Corrêa, diretor Financeiro & Sustentabilidade da FriGol.

No primeiro trimestre, as vendas para o mercado externo representaram 51% da receita bruta, enquanto para o mercado interno representaram 49%.

Resultado da estratégia de diversificação, o Canadá, pela primeira vez, ficou entre os quatro primeiros destinos das exportações da FriGol, representando 7% do faturamento com vendas externas. A China, principal mercado da companhia, passou de 79% de representatividade no primeiro trimestre de 2024 para 68% no primeiro trimestre deste ano. Israel, segundo principal mercado, passou de 12% para 9%, Hong Kong de 1% para 3%, enquanto os outros mercados aumentaram a participação de 6% para 13%.

No mercado interno, o destaque é o foco nas vendas de produtos de alto valor agregado, como as linhas Chef, Angus, BBQ Secrets e Açougue Completo, com alta de 14% no volume de produtos vendidos, na comparação anual.

 

Solidez Financeira – Refletindo a estrutura de capital robusta, a FriGol encerrou o trimestre com caixa de R$ 230 milhões. A alavancagem ficou em 2,1x Dívida Líquida/Ebitda, considerada extremamente saudável para o segmento.

Com foco na disciplina financeira, o primeiro trimestre foi marcado pela implementação de uma série de ações do Programa Eficiência, com iniciativas voltadas para produtividade e otimização de despesas e de custos. “Essa estratégia acarretou aumento dos custos e despesas momentâneas no balanço do primeiro trimestre, no entanto, trarão reflexos absolutamente positivos ao longo deste ano”, complementa Carlos Corrêa.

A FriGol é um dos principais e mais tradicionais frigoríficos de carnes bovina e suína do Brasil. Fundada em 1992, pela família Gonzaga Oliveira, que atua no ramo de carnes desde 1970, a FriGol está estrategicamente localizada nos estados de São Paulo e Pará. A empresa possui hoje importante participação no mercado nacional e internacional, com presença em mais de 60 países, distribuídos pela América do Sul e do Norte, Europa, Oriente Médio, Ásia e África.

Comunicação FRIGOL