Com presença nas lavouras e influência nas cidades, a tecnologia está em cada etapa da produção no campo
Mesmo que alguém nunca tenha pisado em uma fazenda, o agro faz parte de sua rotina. Ele está no pão do café da manhã, na camiseta de algodão, no combustível do carro, no papel da impressora e até no sabão em pó. Tudo isso nasce no campo, passa por muitas etapas e chega até o consumidor final por meio de uma cadeia produtiva que começa na terra e termina no dia a dia das pessoas.
Engana-se quem pensa que o agro se resume à pecuária e às lavouras. Ele envolve tudo: desde o preparo do solo, o plantio e a colheita, até o transporte, o processamento, a distribuição e a chegada dos produtos aos mercados, farmácias, postos e lojas. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), é um setor que movimenta mais de 23% da economia nacional e gera milhões de empregos.
E se a imagem que vem à cabeça é a do agricultor com enxada e chapéu de palha, vale atualizar esse retrato. “No campo de hoje, produtores usam GPS, sensores, algoritmos e plataformas digitais para tomar decisões mais certeiras, aumentar a produção de forma mais eficiente e, ao mesmo tempo, reduzir cada vez mais o impacto no meio ambiente”, explica Felipe Santos, gerente de Sistemas de Produção para América Latina na John Deere. É aí que entra a John Deere, empresa global de tecnologia que fornece software e equipamentos para os setores agrícola, de construção e florestal, com 188 anos de história e uma missão clara: criar soluções para tornar o trabalho no campo mais produtivo, rentável, eficiente e sustentável.
As máquinas que movem o agro – Tudo começa com os tratores e implementos de preparo, verdadeiros motores da agricultura. Eles preparam o solo e movimentam os implementos necessários para deixar a terra pronta para receber as sementes e plantas. Há opções para todos os tamanhos de produção. Para espaços menores, como hortas, vinhedos, cafezais e aviários, a John Deere oferece linhas com potência abaixo de 100 cavalos. O modelo 3036EN, por exemplo, é o menor já comercializado no Brasil pela empresa. Com menos de um metro de largura e um raio de giro supercurto, ele consegue manobrar com facilidade mesmo nos lugares mais apertados. Além de compacto, é forte, econômico e versátil, com tecnologia que pode gerar até 20% de economia de combustível.
A linha 5EN, com versões de 60 e 80 cavalos, foi pensada para cultivos mais adensados, como os de uva e café. Já os modelos da linha 5E, com potências entre 60 e 90 cavalos, são ideais para tarefas como plantio, pulverização, transporte e manutenção. São robustos, econômicos e saem conectados de fábrica, o que facilita o planejamento e o acompanhamento das atividades no campo.
Para demandas maiores, a John Deere também oferece soluções de alto desempenho. Um exemplo é o trator 9RX, com mais de 800 cavalos de potência, ideal para os trabalhos mais exigentes. Mesmo com tanta força, ele traz tecnologias que ajudam a economizar combustível e reduzir as emissões, promovendo uma agricultura mais sustentável.
Depois do solo preparado, é hora de plantar. As plantadeiras das linhas 3100 e 1200 posicionam as sementes com precisão, tanto na profundidade quanto na quantidade e distribuição. Elas usam dosadores elétricos e mapas digitais, garantindo uma lavoura uniforme e saudável. Também aplicam bioinsumos, que estimulam o crescimento das plantas de maneira natural.
Durante o cultivo, é preciso proteger as plantas de pragas. Para isso, entram em cena os pulverizadores. Eles aplicam defensivos agrícolas de forma eficiente, precisa e eficaz. Com o sistema See & Spray™ Select, que pode ser instalado nos pulverizadores M4000 por exemplo, as câmeras identificam apenas as ervas daninhas e o produto é aplicado somente onde é necessário, reduzindo o uso em até 90%. Já o ExactApply™ ajusta cada bico do pulverizador para aplicar o defensivo na dose certa, no lugar certo, em diversas condições de terreno e clima.
No campo, cada cultura pede uma máquina feita para colher com eficiência e garantir o melhor resultado para o produtor. A John Deere oferece equipamentos pensados para atender essas diferentes necessidades, unindo tecnologia e praticidade.
Para grãos como milho e soja, a colheitadeira S7 é destaque por ser a mais inteligente do mercado. Ela combina sensores e câmeras para “ler” a lavoura em tempo real, captando informações sobre a quantidade de grãos que estão chegando, com imagens de satélite e dados sobre o crescimento vegetativo. Com isso, a máquina ajusta automaticamente sua velocidade, antecipando o que vai acontecer para trabalhar de forma mais eficiente mantendo o fluxo máximo de cultura a ser processada. Essa tecnologia pode aumentar a produtividade da colheitadeira em uma média de 20%, além de reduzir as perdas e melhorar a qualidade do grão colhido.
No caso do algodão, a colhedora CP770 é projetada para retirar as fibras das plantas com cuidado, sem danificá-las. Ela forma os fardos diretamente no campo, que são blocos compactos de algodão prensado. O tamanho desses fardos pode ser ajustado conforme a necessidade do produtor, o que facilita o transporte e o armazenamento, deixando todo o processo mais organizado e econômico.
Para a cana-de-açúcar, a colhedora CH950 atua em duas linhas ao mesmo tempo, o que praticamente dobra a capacidade de colheita comparada a máquinas tradicionais, reduzindo o número de passadas pela lavoura, diminuindo a compactação no solo e impactando positivamente na produtividade. Além disso, consome menos combustível e diminui as perdas durante o trabalho, contribuindo para uma produção mais eficiente.
Conectividade e agricultura digital – Para que todo o potencial dessa tecnologia seja transformado em resultado para os produtores, é essencial ter conexão no campo. A John Deere investe e fomenta, a mais de uma década, iniciativas que buscam aumentar a conectividade no campo. Em parceria com a Claro e a SOL, criou o projeto Campo Conectado, que leva internet para áreas rurais por meio de torres instaladas pelos mais de 300 pontos de venda da rede de concessionários. Até o momento, mais de 190 torres foram implantadas, proporcionando sinal 3G/4G em uma área de milhões de hectares. Essa estrutura não só melhora a eficiência das operações agrícolas, como abre caminho para serviços como educação a distância e telemedicina.
No começo deste ano, a John Deere anunciou mais um avanço: o JDLink™ Boost. Essa solução de conectividade via satélite utiliza a rede Starlink, da SpaceX, para manter as máquinas conectadas mesmo em regiões sem cobertura celular. Isso permite o monitoramento contínuo das operações e reforça o compromisso da empresa com a produtividade e a sustentabilidade no campo.
O sistema é simples: o modem JDLink™ coleta os dados das máquinas e envia essas informações para um terminal via satélite, que repassa tudo para a nuvem. Esses dados ficam disponíveis no John Deere Operations Center™, plataforma digital que auxilia o produtor a tomar decisões com mais agilidade e precisão. Toda essa estrutura também permite enviar comandos de volta às máquinas, mantendo as operações em pleno funcionamento.
Mais de 27 milhões de hectares no Brasil já operam de forma conectada, com equipamentos integrados à plataforma. No mundo todo, a John Deere já superou a marca de 775 mil máquinas conectadas, e a meta é chegar a 1,5 milhão até 2026. Isso significa que grande parte das decisões no campo já são baseadas em dados, combinados à intuição, conhecimento e experiência do produtor.
A tecnologia não fica restrita aos modelos mais novos. Com os pacotes de Precision Upgrades, a John Deere oferece atualizações para máquinas já em uso, tornando possível modernizar os equipamentos mais antigos e incorporar recursos como conectividade, automação e controle de operação. É uma forma de democratizar o acesso às inovações e prolongar a vida útil das máquinas, com eficiência ampliada.
Entre as soluções disponíveis, o Pacote Essencial de Agricultura de Precisão permite modernizar tratores e outras máquinas mais antigas com o receptor StarFire™ 7500, monitor G5™ ou G5™ Plus e modem JDLink™. No plantio, também é possível fazer a atualização das plantadeiras com a solução MaxEmerge™ possibilitando a eletrificação dos dosadores e permite o uso do sistema Diferencial Automático de Pressão, garantindo mais uniformidade na semeadura.
“Toda essa transformação mostra o quanto o agro brasileiro avançou, e de forma significativa. Nos últimos 40 anos, com o apoio da tecnologia, conectividade e inovação, o País passou de importador de alimentos para um dos maiores produtores e exportadores mundiais, além de se tornar referência em sustentabilidade e eficiência. Não por acaso, a John Deere tem feito investimentos robustos no Brasil”, afirma Santos.
Nos últimos cinco anos, a empresa investiu mais de R$ 3,3 bilhões no país, direcionando parte desses recursos para expandir suas fábricas e inaugurar o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Indaiatuba (CPD-I), o primeiro no mundo dedicado à agricultura tropical.
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