O ritmo da colheita de milho segue firme no Brasil, alcançando 55,5% da área colhida até o momento, de acordo com dados da Inteligência de Mercado da MERX. Embora abaixo do desempenho do mesmo período de 2024 (quando o índice era de 79,6%), o avanço atual está acima da média dos últimos cinco anos, desconsiderando o ano anterior.
Os rendimentos seguem surpreendendo positivamente, especialmente em estados como Mato Grosso, Goiás, Piauí e Maranhão, o que reforça a expectativa de uma possível revisão para cima na estimativa da produção da segunda safra, atualmente projetada em 117,4 milhões de toneladas. Estimativas preliminares indicam um possível ajuste adicional de até 1 milhão de toneladas.
“A qualidade das lavouras colhidas e a ausência de adversidades climáticas nas próximas semanas favorecem a manutenção do ritmo dos trabalhos em campo, sem riscos relevantes no curto prazo”, destaca a equipe técnica da MERX.
No mercado, os prêmios de exportação nos portos permanecem estáveis. O preço à vista do milho se mantém em torno de US$ 205/tonelada, enquanto os custos logísticos elevados continuam limitando a margem dos produtores. A comercialização segue o ritmo esperado para o período, mas com tendência de desaceleração, reflexo de preços ainda considerados baixos.
A expectativa para as próximas semanas é de continuidade desse cenário estável, com basis neutro e câmbio sem impacto significativo nas decisões de venda. “Salvo alguma movimentação inesperada dos fundos no mercado financeiro, não há vetores de curto prazo que alterem significativamente o comportamento dos preços”, conclui a análise.
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