Fenômeno vai provocar secas prolongadas em regiões com hidrovias para escoamento de produtos, alerta Climatempo

Após o El Niño mais fortes desde o registrado em 2015 e 2016, que causou estragos com muita chuva no Sul e Sudeste e estiagem prolongada no Centro-Oeste e Norte do Brasil, o o mundo vai passar pelo fenômeno oposto a partir de meados do ano. As previsões climáticas indicam que a chance de uma La Niña acontecer entre o final de junho e início de julho é de 62%, chegando a 85% a partir de outubro, o que, entre outras ocorrências, trará novamente secas à região Norte do Brasil. Preocupados com o impacto em suas logísticas, diversas empresas estão avaliando mudanças no cronograma de escoamento dos produtos, segundo constata a Climatempo – a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina

Segundo a projeção da Climatempo, as temperaturas não irão despencar de imediato por conta do La Niña – fenômeno que se caracteriza também por períodos mais frios e frequentes -, mas pode provocar secas prolongadas em regiões cujas hidrovias são bastante utilizadas para o escoamento de produtos, especialmente aqueles produzidos na Zona Franca de Manaus, como a linha branca e a produção agrícola.

“Já estamos detectando uma movimentação de empresas desses setores e da área de logística para analisar os possíveis impactos do La Niña e as previsões do clima ao longo do ano, a fim de promoverem mudanças em seus cronogramas de escoamento dos produtos da região Norte para outras localidades do País”, conta Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo. “Depois dos transtornos registrados no ano passado, muitas empresas estão buscando se antecipar a fenômenos como a possível estiagem prolongada, que pode ocorrer entre o final do outono e o início do inverno.”

As previsões da Climatempo para os próximos períodos apontam as seguintes tendências:

  • O outono deverá ser um período de fase neutra, com diferenças de comportamento do clima de acordo com a região do País.
  • Na primeira metade do outono, ainda prevalecerão os efeitos do El Niño, mas já com pouca força, com chuvas irregulares na Amazônia.
  • Na região Sul, as chuvas deverão ser mais tempestuosas, mas a frequência dos temporais será menor.
  • No Centro-Oeste e no Norte, pode ocorrer seca prolongada, com um ar mais seco e possíveis queimadas principalmente entre a primeira e a segunda metade do inverno.

O meteorologista da Climatempo afirma que, embora a La Niña possa prolongar a seca nessas regiões, a tendência é que seja tão severa como foi no ano passado, mas deve amenizar antes, diante da previsão de ocorrência de chuvas mais regulares a partir de outubro.

“A La Niña favorece episódios de frio no Sul e Sudeste, mas a tendência é que o outono e o inverno não sejam tão frios. A previsão é de temperaturas acima da média durante mais dias seguidos, intercalados por períodos dois a três dias de frente fria, e assim sucessivamente”, completa Lucyrio.

A Climatempo é a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e previsão do tempo do Brasil e da América Latina. Desenvolve serviços de análises e previsões meteorológicas para empresas e instituições da área pública e privada, com serviços especializados que atendem diversos setores de atividades, como energia, mineração, agronegócio e logística, entre outros. Para o público em geral, fornece informações sobre o tempo por meio do seu website e aplicativos, e boletins com previsão do tempo para diversos veículos de comunicação. Juntos, esses canais somam 20 milhões de usuários mensalmente. Comprometida com a inovação, foi a primeira empresa privada a oferecer análises climáticas customizadas no mercado brasileiro e, em 2015, instalou o LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), para atuar na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Fundada em 1988, a Climatempo foi adquirida, em 2019, pela StormGeo, empresa líder global em serviços de inteligência meteorológica e suporte à decisão, sediada na Noruega, com presença em 15 países e 515 funcionários, e que, desde 2021, integra o grupo Alfa Laval, líder global no fornecimento de produtos nas áreas de transferência de calor, separação e manuseio de fluidos.

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