Segundo técnica, é possível melhorar a rentabilidade e reduzir o risco de perdas de produtividade graças ao uso de uma nutrição equilibrada como ferramenta do manejo integrado de doenças

O El Niño, fenômeno que tem afetado o clima em todo o país, tem trazido aos agricultores nesta safra de verão 2023/2024 condições distintas das registradas nas últimas três temporadas. Períodos com irregularidade no volume de chuvas e temperaturas acima da média têm preocupado os produtores, pois conferem um ambiente favorável para ocorrência das principais doenças da soja, como doenças de final de ciclo (DFCs), mancha alvo e ferrugem asiática.

De acordo com Bruna Siqueira, Técnica em Desenvolvimento de Mercado da BRANDT Brasil – empresa de inovação tecnológica focada em fisiologia vegetal e tecnologia de aplicação, para combater essas patologias e evitar prejuízos, o agricultor precisa considerar estratégias integradas de manejo fitossanitário a fim de ter um controle efetivo e promover maior sustentabilidade no ambiente de produção. “Considerando o cenário desfavorável para os agricultores devido às mudanças de clima, a nutrição de plantas é uma aliada, visto que a interação entre a sanidade de plantas e a nutrição vem demonstrando efeitos significativos nos últimos anos”, diz.

Segundo a especialista, “dentre os micronutrientes com maior eficácia nesse cenário, o cobre é amplamente utilizado, graças à sua ação no aumento do sistema de defesa natural das plantas pelo aumento das barreiras físicas, que dificultam a entrada do patógeno em seus tecidos por meio do estímulo à formação de lignina nas paredes celulares. Propicia também a formação de barreiras bioquímicas, que atuam sobre o patógeno dentro do tecido vegetal, inibindo seu crescimento e diminuindo a quantidade de lesões em virtude de seu efeito fungistático e bacteriostático (produção de fitoalexinas e compostos fenólicos). Além disso, o cobre atua evitando o acúmulo de nitrato em função da melhor atividade da redutase do nitrato, resultando em menor disponibilidade de alimento para os patógenos”, pontua.

Bruna alerta que o principal fator a ser observado na escolha do manejo de cobre na lavoura se refere à sua bioatividade. “A forma de cobre bioativa, ou seja, que a planta tem capacidade de absorver, irá conferir maior mobilidade ao elemento no interior da folha e estimular naturalmente os mecanismos de resistência”, destaca.

 

Produtor deve adotar múltiplas estratégias – A Técnica comenta que “o equilíbrio promovido por diferentes estratégias de fornecimento de nutrientes é primordial para a regulação do metabolismo das plantas e um forte aliado na redução dos danos causados por patógenos”. Para entender como a nutrição se relaciona com a proteção de plantas, Bruna destaca que cada nutriente apresenta uma função dentro do metabolismo e fisiologia das plantas. “Parte dos nutrientes atua no metabolismo primário, responsável pelo desenvolvimento e crescimento das plantas. Outra parte atua no metabolismo secundário (rota do ácido chiquímico e ácido malônico, por exemplo), responsáveis pela defesa vegetal”, reforça a especialista, que finaliza destacando que o produtor deve unir a nutrição equilibrada das plantas a outras práticas previstas pelo Manejo Integrado de Doenças (MID).

A BRANDT Brasil é uma subsidiária da norte-americana BRANDT, uma empresa agrícola líder, que atende agricultores em todo o mundo. Fundada em 1953, desenvolve tecnologias que atuam na fisiologia vegetal e tecnologia da aplicação e bioproteção para diversas culturas. Presente em mais de 80 países, com o propósito de respeitar o investimento do produtor entregando resultados reais no campo por meio de tecnologias inovadoras, as quais estão disponíveis numa grande rede de distribuidores. No Brasil desde 2015, possui sede em Cambé (PR) e filial em Olímpia (SP).

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