De acordo com especialista da TMG, a utilização de ferramentas de biotecnologia associadas ao melhoramento genético contribui para a seleção de plantas mais produtivas e com maior adaptação para ambientes de produção agrícola desafiadores

Por trás das plantações que vemos nos campos, há um processo de desenvolvimento de cultivares cujo objetivo é sempre melhorar as características das plantas para aumentar a produtividade e promover resistência a pragas e doenças. Trata-se de um processo meticuloso, que envolve a seleção e cruzamento de plantas com características desejáveis, como maior rendimento de grãos e fibras, adaptabilidade a diferentes condições ambientais, entre outros fatores.

De acordo com Anderson Meda, Head de P&D em Biotecnologia e Genética da TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, o processo de desenvolver uma nova cultivar é um trabalho de longo prazo, algo em torno de 7 a 12 anos, dependendo da cultura agrícola. “Envolve várias etapas, como seleção de plantas parentais com características promissoras, cruzamento das plantas para combinar genes desejáveis, seleção das melhores descendentes e testes em diferentes ambientes”, diz o especialista, que acrescenta ainda que “todo esse tempo de processo é necessário para garantir que as características desejadas sejam herdáveis e estáveis”.

Meda explica que outro fator fundamental é o uso da biotecnologia, que está permitindo o desenvolvimento de cultivares mais produtivas e adaptadas às diferentes realidades do agricultor brasileiro. “Plantas que possuem resistências às principais doenças e pragas predominantes em cada região podem contribuir para reduzir uso de insumos e maximizar a rentabilidade do produtor”, afirma o especialista, que acrescenta ainda que “o futuro do desenvolvimento de cultivares é promissor em razão das inovações e novas tecnologias utilizadas nos programas de melhoramento genético”.

Ainda de acordo com Meda, “técnicas como mapeamento genético permitem a descoberta de regiões dos genomas das plantas associadas às principais características, que são convertidas em ferramentas para seleção via marcadores moleculares em nosso laboratório de biotecnologia. Além disso, esse processo também permite ampliar o conhecimento sobre a função de genes importantes nas plantas, ampliando as possibilidades de uso de técnicas de melhoramento de precisão, como edição de genomas.

Nos últimos anos também temos trabalhado com seleção genômica, que utiliza informações de todo o genoma da planta para seleção de produtividade. Como resultado, temos cultivares mais resistentes e produtivas para o campo, com maior ganho genético realizado”. Uma vez que uma cultivar com genética superior foi desenvolvida, é possível incorporar diferentes tecnologias transgênicas que conferem, por exemplo, maior resistência a insetos e herbicidas, facilitando o manejo das lavouras. A TMG é uma empresa multiplataforma e tem ofertado as principais plataformas de biotecnologia para o mercado brasileiro, tanto em soja, algodão quanto em milho.

 

Melhoramento genético enfrenta constantes desafios – Meda comenta que em uma agricultura em constante evolução, o desenvolvimento de cultivares é uma ciência que une tradição e inovação, visando melhorar as plantas para enfrentar os desafios do presente e do futuro. Segundo ele, “por meio do cruzamento cuidadoso e da exploração de tecnologias avançadas, os cientistas estão criando plantas mais produtivas, contribuindo para a segurança alimentar global e produção de fibras e energia de forma sustentável”.

Ainda assim, o desenvolvimento de cultivares não é isento de desafios. “O clima em constante mudança, ampliação do cultivo em regiões com solo de menor fertilidade, a pressão de pragas e doenças e as demandas crescentes por produção sustentável são obstáculos que os cientistas de melhoramento genético enfrentam. Além disso, é fundamental assegurar que as cultivares resultantes sejam seguras para consumo humano e para o meio ambiente”, destaca.

 

Programa de Melhoramento Genético da TMG – Criado há 22 anos, o Programa de Melhoramento Genético da TMG atua para desenvolver cultivares de algodão, soja e milho:

  • No algodão, a empresa desenvolveu ao longo dos anos cultivares com fibras de alta qualidade industrial e resistência a pragas e doenças, como ramulária, o que reduz a necessidade de uso de fungicidas, tornando a produção mais sustentável.
  • Na cultura da soja, o melhoramento genético tem focado na melhoria da rentabilidade e na resistência a pragas, como os nematóides. O resultado são variedades mais produtivas e resistentes, que beneficiam os agricultores.
  • No milho, a melhoria do rendimento e a adaptação a diferentes ambientes de produção no cerrado brasileiro têm sido objetivos-chave. Os agricultores em breve poderão escolher híbridos específicos para diferentes regiões, maximizando a produtividade e rentabilidade.

 

A TMG – Tropical Melhoramento e Genética, empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho trabalha para entregar inovação ao campo, contribuindo para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. Em 2021, completa 20 anos de atuação em todo o Brasil. A matriz da TMG está localizada em Cambé (PR), e tem unidades nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul, principais regiões produtoras brasileiras com ensaios e experimentos de campo. Na safra 2020/21, conquistou a liderança do mercado de algodão, segundo a pesquisa BIP® Algodão da Spark. A empresa possui parceria comercial e cooperação técnica com as principais companhias multinacionais do segmento.

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