Feira na Suécia antecipa algumas das tendências para o segmento, mas a expectativa é que as novidades mais importantes em tecnologia sejam anunciadas em evento no Brasil

O Brasil é referência em relação ao resto do mundo quando o assunto é desenvolvimento de soluções tecnológicas para o segmento florestal. O país, que tem um setor produtivo de árvores plantadas responsável por gerar um PIB de R$ 244 bilhões, é protagonista na apresentação das principais inovações para alavancar a produtividade florestal. Essa posição de liderança foi reafirmada recentemente durante a Swedish Forestry Expo, feira que ocorreu em Estocolmo, na Suécia, no início de junho e contou com mais de 10 mil visitantes de 55 países diferentes.

Apesar de reunir algumas das maiores empresas da área e trazer alguns dos principais temas em pauta no setor, os principais lançamentos e as novidades tecnológicas serão apresentados no Brasil. Em agosto acontece a 5ª Expoforest, considerada a maior feira florestal dinâmica da América Latina, na região de Ribeirão Preto/SP. O evento deve atrair visitantes de mais de 30 países e projeta movimentar R$ 500 milhões em negócios.

Claudia Garcia, engenheira florestal e Gerente de Contratos Florestais da divisão de Agricultura da Hexagon, esteve em Estocolmo participando da Swedish Forestry Expo. Segundo ela, apesar de o evento ter um público com um nível avançado de conhecimento em relação à floresta, a feira não teve como foco o lançamento de tecnologias disruptivas como automação, machine learning, IA e IoT, principalmente quanto às soluções integradas relacionadas às operações silviculturais. “Algumas pessoas com as quais conversei estavam buscando alternativas inovadoras para problemas de operações e dinâmicas de gestão. Entretanto, o evento focou mais em mecanização, como máquinas, implementos e acessórios principalmente para as operações de colheita, carregamento e transporte de madeira”, explica.

Nos seminários e palestras, um dos principais temas foi ESG, sigla em inglês (Environmental, Social e Corporate Governance) para governança ambiental, social e corporativa. “Os assuntos discutidos foram muito voltados para essa área, principalmente para questões como inclusão, presença de mulheres no setor florestal e gestão de pessoas”. A sustentabilidade e o uso mais inteligente da terra também foram pauta. Essa é uma prioridade para as empresas do setor, que tem incluído investimentos em ações para redução na emissão de CO², certificações florestais e redução dos resíduos industriais nos planos de negócios. “Pude observar na feira algumas empresas expondo soluções com ênfase no cuidado com o meio ambiente e em busca de maior sustentabilidade, como a apresentação de máquinas elétricas e híbridas utilizadas na colheita florestal”, conta Claudia.

Alguns espaços visitados por ela foram das empresas Komatsu e Bracke, que utilizam o sistema Hexagon no controle e monitoramento do plantio florestal. “Eles apresentaram versões mais atualizadas das máquinas e implementos, com maior número de operações agregadas como a abertura da bacia, a adubação de base e de liberação lenta, o plantio e a irrigação. As soluções permitem o plantio em áreas declivosas, e com o sistema Hexagon embarcado, se tem o correto posicionamento da muda conforme espaçamento planejado”, explica. O plantio mecanizado traz diversas vantagens, como solucionar a falta de mão de obra e reduzir riscos para os trabalhadores. “Ele também melhora o uso do solo e a viabilidade das operações mecanizadas, a qualidade do plantio, adubação e irrigação, reduzindo riscos e aumentando a produtividade da floresta. Além disso, otimiza os recursos, reduzindo custos e contribuindo para a sustentabilidade”.

 

Vitrine de novidades – Com uma proposta mais voltada para apresentar novas alternativas em termos de tecnologia, a feira no Brasil será o momento de encontrar as novidades do mercado. “O evento na Suécia teve um olhar muito mais prático e funcional, de mecanização, vejo que o Brasil tem muito mais a oferecer e agregar em termos de tecnologia e inovação. As empresas florestais exigem uma melhoria contínua dos seus processos, por vários vieses, seja redução de custos, seja otimização de recursos. Aqui, temos startups e grandes empresas preocupadas em desenvolver soluções cada vez mais impactantes devido a essa necessidade do mercado”, explica Claudia.

A divisão de Agricultura da Hexagon, que desenvolve soluções tecnológicas de monitoramento, otimização, controle e automação e gestão das operações florestais, estará presente no evento. Entre os destaques, a empresa deve focar em sistemas de análise de gestão e monitoramento, duas grandes demandas do setor. A Expoforest 2023 será realizada em uma floresta de 200 hectares de eucaliptos da Sylvamo, em Guatapará, município da região de Ribeirão Preto (SP). A quarta edição, realizada em 2018, registrou R$ 316 milhões em negócios, reuniu 240 expositores e recebeu 30.654 visitantes.

A Hexagon é líder global em soluções autônomas de sensores e softwares. Estamos colocando dados para impulsionar a eficiência, produtividade e qualidade em aplicações industriais, de manufatura, infraestrutura, segurança e mobilidade. A divisão de Agricultura da Hexagon fornece tecnologias que convertem os dados em informações inteligentes que permitem planejamento otimizado, execução eficiente, controles de máquina precisos e fluxos de trabalho automatizados que melhoram as operações e aumentam os lucros. Nossas tecnologias estão formando ecossistemas urbanos e de produção para que se tornem cada vez mais conectados e autônomos, garantindo um futuro escalável e sustentável. A Hexagon (Nasdaq Stockholm: HEXA B) tem aproximadamente 24 mil funcionários em 50 países e vendas líquidas de aproximadamente 5.2 bilhões de Euros.

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