Veridiana Costacurta sempre acreditou na conservação e preservação do meio ambiente. É de sua família a Fazenda Morro Azul, de área total 213 hectares, sendo 135 hectares só de mata nativa, localizada em Jardinópolis, a 17km de Ribeirão Preto (SP). Seu terreno, herança paterna, se divide em um trecho utilizado para agricultura canavieira, e outro, mata nativa.

Com cerca de quatro cachoeiras, três delas abertas à população, e trilhas, a fazenda foi aberta há cinco anos para o ecoturismo. “É nossa forma de mostrar às pessoas que progresso e preservação ambiental podem (e devem!) andar juntos”, disse ela.

Veridiana Costacurta © Andrezza Mancuso

No entanto, o que assombra sua família são as queimadas, tão comuns na região. “Ano passado quase fomos atingidos. O que nos salvou foi a própria umidade presente na mata preservada. Desde então, estamos cada vez mais atentos às possibilidades de apoio para conseguirmos manter a mata nativa, sua flora com espécies da mata atlântica, e fauna, com animais como tamanduás, onça parda, macaco prego e capivara, bem como espécies que chegaram na fazenda refugiadas: caso do tuiuiu, natural do Pantanal, e o lobo guará, do Cerrado brasileiro”, contou Thaís Costacurta, filha de Veridiana.

O que mãe e filha descobriram ao longo da batalha de preservação ambiental é que cuidar da mata exige esforços financeiros. A boa notícia é que o Brasil tem dado importantes passos para incentivar o mercado de preservação ambiental, que possui produtos que podem criar rendas acessórias para os produtores rurais.

Em maio foi publicado o Decreto nº 11075, que estabeleceu os procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e instituiu o Sinare (Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa). Ou seja, foi um importante passo para a regulamentação do mercado de carbono, que movimentou no ano passado mais de US$ 2 bilhões de dólares somente no mercado voluntário – que já é uma realidade.

Em janeiro de 2021, foram instituídos no Brasil, os pagamentos por serviços ambientais, cujo objetivo principal foi trazer benefícios ambientais relevantes para a sociedade, através da manutenção, recuperação e melhoria das condições ambientais do nosso país. O chamado PSA é um instrumento que recompensa e incentiva os proprietários rurais que provém serviços ambientais, como a manutenção adequada de florestas, recursos hídricos, solos e fauna. Um exemplo claro, são os proprietários que usando de forma adequada sua propriedade, mantém polinizadores, que exercem trabalhos ambientais em toda uma região, ou ainda, fazem a manutenção das APPs, protegendo os recursos hídricos, que fornecerão águas para muitos municípios e propriedades rurais.

Ainda que embrionário, o mercado voluntário de PSA no Brasil está sendo utilizado com sucesso por empresas vanguardistas que tem como objetivo se tornarem competitivas no mercado externo. Trata-se da forma mais direta de economia circular sustentável, pois ganha o produtor rural que recebe pelo serviço de conservação; ganha a comunidade pela conservação do meio ambiente e desenvolvimento regional sustentável e ganha também a empresa que remunera e incentiva proteção ambiental, já que terá o aval necessário para atuação no mercado externo sem qualquer embargo a seus produtos.

Outro exemplo, são as CRAs ou Cotas de Reserva Ambiental, usadas para a composição de áreas de reserva legais de propriedades que não possuem o mínimo de vegetação nativa estabelecido por lei, que podem variar de 20% até 80% do total da propriedade, dependendo da região do país em que está localizada.

“O mercado de preservação ambiental, vem ganhando força em todo o mundo e o Brasil, tem se mostrado preparado para este mercado, com o setor do agronegócio se mostrando preparado para produzir de forma sustentável, gerando renda, através dos trabalhos de manutenção e melhoria, das áreas ambientais existentes nas propriedades rurais”, explica o José Augusto Sousa Júnior, CEO da Mata Nativa Br.

A empresa, recentemente, doou para o Estado de São Paulo, a propriedade Fazenda Ribeirão da Serra, que passou a fazer parte do Parque Estadual Carlos Botelho, no município de Sete Barras (SP). Em troca, a Mata Nativa Br recebeu o equivalente da área em Cotas de Reserva Legal, que poderá ser negociada com proprietários de áreas rurais localizadas no Bioma de Mata Atlântica, para a composição de suas áreas de Reserva Legal.

Dessa forma, o dinheiro extra obtido com as atividades de preservação e sustentabilidade ajudam na gestão dos custos das próprias propriedades rurais.

“Assim, Veridiana e Thais, além de proprietários rurais de áreas em todos os biomas nacionais, começam a encontrar formas de preservar tendo acesso ao capital proveniente de empresas que querem mostrar ao seu público consumidor que fazem muito mais que apenas a neutralização do carbono. Mas que estão realmente comprometidos com projetos que visam a sustentabilidade, através da remuneração de quem trabalha na linha de frente da conservação do meio ambiente”, conclui Sousa Junior.

A Mata Nativa BR tem 25 anos de história, com expertise no desenvolvimento de estudos em áreas florestais, mensurando os estoques de carbono e projetando a emissão do crédito ao longo dos anos, entre outros trabalhos. A empresa conta com equipe multidisciplinar, o que possibilita maior eficácia em seus projetos e, consequentemente, melhor resultado para seus clientes.

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