A Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), em face aos novos casos de roubo e adulteração de cargas de fertilizantes, principalmente no Mato Grosso, reforça que o combate ao comércio e transporte ilegais de fertilizantes é uma prioridade para a entidade, atuando há mais de 50 anos em parceria com agricultores e órgãos fiscalizadores nesse sentido.

Buscando sempre orientar o produtor rural sobre os riscos da utilização de produtos ilegais, como identificá-los e como comunicar o crime às autoridades, a ANDA recomenda que agricultores desconfiem da procedência de produtos com preços muito abaixo do valor de mercado da região, embalagens sem lacre ou com rótulo mal colocado, rótulo sem nome do fabricante ou atestado de órgãos fiscalizadores. Fertilizantes ilegais podem ser falsificados, ocultando sua procedência e sua formulação correta, ou contrabandeados, sem comprovação de origem e seus devidos registros.

Os insumos devem ser adquiridos via fornecedores de confiança – como cooperativas e revendas legalmente estabelecidas ou diretamente com o fabricante – e sua aplicação só dever ser feita após a coleta de amostras em conformidade com a legislação vigente e a comprovação de que sua formulação está de acordo com as normas de qualidade e identidade, seguindo as instruções disponibilizadas nos rótulos dos produtos adquiridos.

Além dos prejuízos para agricultores e às vítimas dos roubos de cargas, a comercialização clandestina e o uso de fertilizantes adulterados trazem também consequências danosas para o meio ambiente, pois esses produtos não possuem sua eficiência agronômica atestada, não passaram por avaliações feitas em laboratórios credenciados pelo MAPA e tampouco tiveram aprovação dos órgãos competentes.

A ANDA reitera seu compromisso no combate à ilegalidade no campo, garantindo que as melhores práticas agrícolas sejam difundidas e cumpridas em todas as etapas. A entidade reforça sua colaboração com agricultores e transportadoras para que quaisquer práticas que colocam em risco a cadeia produtiva do agronegócio e o meio ambiente sejam identificadas, denunciadas e mitigadas.

São Paulo, 14 de setembro de 2020

Eduardo de Souza Monteiro

Presidente