A importância do ERP na gestão do agronegócio

Por Anderson Luiz Lima Rocha*

A gestão do agronegócio vem se tornando cada vez mais profissional ao longo dos anos, a capacitação e o incremento de tecnologia no campo e na produção tem elevado a necessidade de controles mais profissionais, equipes mais preparadas e consequentemente sistemas de gestão que vão além da simples condição de armazenamento das planilhas tradicionais.

Até mesmo o produtor pessoa física tem características inerentes às empresas jurídicas, visto que, as operações envolvidas na produção agropecuária se ramificam em diversos segmentos, como por exemplo: agroindústria, logística, comercialização, processamento e produção, entre outras, todas com suas características peculiares, mas que se entrelaçam entre si e têm o objetivo de alcançar um resultado comum, maior efetividade com menor custo.

Observando essa imensa dinâmica de funcionamento e suas implicações nos resultados os produtores têm buscado soluções que integram as áreas e promovem condições para que as informações estejam disponíveis no tempo certo para a melhor tomada de decisão, assim o ERP passa a fazer todo o sentido dentro da gestão do agronegócio.

Mas afinal o que é ERP? A sigla ERP vem do inglês “Enterprise Resource Planning” que em tradução literal significa: “Planejamento dos recursos da empresa” e também é popularmente mais conhecido como “Sistema integrado de Gestão”, ou seja, trata-se de um software cuja principal responsabilidade é integrar todas as áreas do negócio com a finalidade de unificar as informações para otimizar os resultados.

Como exemplo, o ERP pode controlar o parque de máquinas de forma integrada com os almoxarifados de compras, registrar as aplicações de insumos e já baixar diretamente dos estoques, integrar os pedidos de compras às provisões financeiras para alimentar os fluxos de caixa, tudo isso e muito mais em poucas operações.

Escolher um bom ERP faz toda a diferença para o empresário e principalmente para o produtor, visto que, muitas ferramentas do mercado que se colocam como direcionados ao agronegócio na verdade são adaptações de suas versões empresariais que em primeira mão foram desenvolvidas para a indústria e distribuição.

Uma boa estratégia que irá auxiliar na escolha é observar como as particularidades do agronegócio estão dispostas pelo sistema como um todo, um exemplo prático são os períodos, pois as competências dentro dos sistemas empresariais tradicionais sempre respeitam fluxos de meses e anos e no agronegócio um dos fatores mais importantes é a safra, sendo assim, observar se o campo safra é um componente nativo do sistema ou é algo adaptado já trará um parâmetro objetivo de avaliação.

O importante por fim é entender que a solução é essencial para o agronegócio moderno como um todo, é imprescindível para integrar as áreas e agilizar o fluxo de informação, e irá trazer maior facilidade para tomada de decisão, captação de crédito, antecipação das decisões em relação a fisco e imposto de renda, entre tantos outros benefícios de se ter o resultado nas mãos sem a necessidade de composição de informações entre diversas fontes de dados.


(*) Anderson Luiz Lima Rocha, administrador de empresas, com mais de 20 anos na área de ERP para Gestão Empresarial e Agronegócio e fundador da Nilus Soluções para o Agronegócio.

Referências: ENTENDA O QUE É ERP, Portal ERP