SP Grains Forum aconteceu em Campinas, organizado pela Anec, com a presença de representantes dos principais países do mercado

Pela primeira vez, o Brasil é sede do evento anual da International Grain Trade Coalition (IGTC). A agenda foi organizada pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), única entidade brasileira a fazer parte da Coalisão. Em 2018, o evento foi realizado na China, principal mercado consumidor de grãos e, neste ano, a realização no Brasil ilustra a relevância do país na comercialização mundial de cereais.

No segundo dia da programação, quinta-feira (07/11), aconteceu o SP Grains Forum, na sede da Embrapa Territorial, em Campinas (SP). Em sua fala inicial, Sergio Mendes, diretor geral da Anec, ele agradeceu a presença dos diversos representantes dos países membros da IGTC, vindos de todos os continentes, à Embrapa Territorial pelo apoio ao evento, às tradings e associações presentes. “É com grande honra que o Brasil foi escolhido para sediar o evento, que reúne os principais agentes de comercialização de grãos de todo o mundo. A Anec tem a satisfação de organizar este fórum.”

Durante o evento foram debatidos temas de relevância para o setor internacional de comércio de grãos como desenvolvimento, oleaginosas e commodities agrícolas no Brasil, biodiesel, o ambiente político e regulatório do Mercosul, infraestrutura, inovação, sustentabilidade, logística, questões de mercado e perspectivas.

José Gilberto Jardine, chefe-adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa Territorial, destacou o Brasil como um dos países que mais preserva o meio ambiente e que possui uma cadeia agrícola sustentável. “Quase um terço do País é composto por áreas de proteção e de preservação ambiental. Se juntarmos essa área com a que o agricultor não pode desmatar, temos 66% da área total de vegetação nativa brasileira conservada, o equivalente a 632 milhões de hectares e a 28 países da Europa”, complementa ele, com dados de estudo elaborado pela Embrapa Territorial.

Segundo Flávio Bettarello, secretário-adjunto de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, há justamente um esforço do governo em levar informações sobre a realidade da cadeia produtiva brasileira para o mundo, mostrando o quanto é sustentável. “A agricultura no Brasil é aliada do meio ambiente. A pobreza e a miséria que não são”, diz.

Ele aponta que os 66% de área de preservação ambiental, citadas por Jardine, estão na meta e devem se manter nos próximos anos e que o País tem um papel importante em prover alimento para o mundo. “Nos próximos 50 anos, queremos ser um dos cinco principais países para a segurança alimentar e nutricional mundial, com sustentabilidade, mas também com responsabilidade social e econômica”.

 

Desafios do mercado – Ao final do primeiro painel, o presidente do IGTC, Gary Martin, questionou quais são os principais desafios do País para a exportação de grãos. Sérgio Mendes, assim como os demais presentes, citou a logística como um dos principais entraves.

Neste contexto, os portos do Arco Norte ganham relevância. “Cada vez que você exporta pelo Norte recebe 17 dólares por tonelada de grãos (soja e milho). Para o escoamento do milho, esse crescimento é ainda mais fundamental, porque o produto não possui a mesma capacidade que a soja para absorver o custo da tabela mínima de frete”, descreve.

Fundada em 1965, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) tem como propósito promover o desenvolvimento das atividades relacionadas aos grãos e cereais, bem como defender os interesses de seus associados perante autoridades públicas e privadas.

A entidade também realiza mapeamentos do setor no mercado nacional e internacional com intuito de auxiliar o planejamento estratégico e tomada de decisão de suas 40 empresas associadas. Tudo isso, zelando pela ética, transparência e comprometimento.


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