O estágio promove atividades de educação ambiental e extensão florestal para alunos da ESALQ e outras universidades

Durante três semanas das férias, a Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga recebe estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) e de diversas universidades, para o Programa de Estágio de Férias. As práticas buscam contribuir com a formação acadêmica dos alunos do curso de Engenharia Florestal da ESALQ, além de abrir oportunidades para que estudantes de outras escolas desenvolvam estudos durante os meses de janeiro e julho.

Estagiários ESALQ em Itatinga. Foto: Gerhard Waller

Os alunos são divididos em três grupos para três diferentes práticas, de forma que, em cada semana, cada grupo realize uma das atividades. Entre as tarefas desenvolvidas, uma delas está relacionada ao melhoramento florestal do viveiro de mudas, na qual os alunos vivenciam e praticam todas as técnicas e operações do processo de produção de mudas. A segunda é voltada ao campo, ou atividade de silvicultura, quando é feito o plantio de mudas e práticas operacionais, e os alunos colaboram com o desenvolvimento das pesquisas em andamento. Atualmente, está sendo realizado um estudo do efeito do micronutriente na adubação de eucalipto e, durante o estágio de férias, os alunos colaboram na quantificação de biomassa nos diferentes tratamentos dessa pesquisa, onde são abatidas algumas árvores para realizar equações de volumes e estimar a produtividade da floresta. Na terceira atividade, os graduandos são orientados e vivenciam o método para quantificação de madeira de uma floresta, ou seja, realizam práticas de inventário florestal.

Para o coordenador do Programa de Estágio de Férias, Rildo Moreira e Moreira, é muito satisfatório ver alunos do primeiro ano do curso de Engenharia Florestal da ESALQ se interessando e participando do estágio. “Para nós é uma realização, afinal de contas é com muita frequência que nós vemos alunos que fazem esse estágio em janeiro e julho. Ficamos muito felizes quando vemos estudantes no segundo ano e até no quinto ano voltando aqui, para darem continuidade às atividades que eles iniciaram conosco”.

O aluno João Vitor Morales, da ESALQ, está em seu primeiro ano de estágio, e conta que foram selecionados alunos com as 12 maiores notas da disciplina de Introdução a Engenharia Florestal, coordenado pelo professor Fernando Seixas. Para ele, fazer parte desse grupo trará muitos benefícios à carreira acadêmica e profissional. “São atividades muito enriquecedoras, pois temos contatos com instrumentos e com reflexões a cerca do trabalho do engenheiro florestal. Espero conseguir retornar aqui para algum experimento, por meio de mestrado ou pós-graduação, até mesmo porque é uma coisa que eu tenho muito interesse”, disse Morales.

Além da ESALQ, alunos de outras universidades participam do estágio, como é o exemplo da Shoraia Germani Winter, do Instituto Federal do Triangulo Mineiro (IFTM), do campus de Uberlândia-MG. Segundo ela, o contato com outras regiões e alunos de outras universidades é muito importante para o desenvolvimento acadêmico. “Faz com que conheçamos outras realidades e vejamos que aquilo que aprendemos em sala de aula não é apenas aplicado na sua região, mas aplicado em várias regiões do Brasil, e que também existem variações dela dentro do próprio país, já que vivemos num território muito grande, com vários climas e terrenos diferentes”, conclui.

O coordenador da atividade ainda exalta a importância do estágio para os alunos da ESALQ e de outras universidades. “Alguns alunos de Pós-graduação que desenvolvem pesquisas aqui, passado alguns anos eles já estão dando aulas em universidades. Como é o caso esse ano, em que temos aluno da Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) que fez mestrado aqui e, hoje, enviou um de seus orientados para ajudar na atividade de inventário”, finaliza Moreira.


Texto: Caio Nogueira
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