Pick-ups registraram 22,8% mais ocorrências, com destaque para as caminhonetes Hilux, especialmente nos modelos a diesel

 

O primeiro semestre de 2025 trouxe um alerta preocupante para o agronegócio brasileiro: o roubo e furto de maquinário agrícola aumentou 37,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Grupo Tracker, maior empresa de rastreamento e localização de veículos do país. A insegurança também atinge as pick-ups, que registraram 22,8% mais ocorrências, com destaque para as caminhonetes Hilux, especialmente nos modelos a diesel.

De acordo com o gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, Vitor Corrêa, a expansão do agronegócio tem relação direta com essa escalada da criminalidade. “Com o aumento da frota de máquinas e pick-ups, cresce também a exposição a furtos e roubos. Esses veículos operam em áreas de grande extensão, com baixo monitoramento, o que facilita a ação dos criminosos”, explica Corrêa.

O furto, segundo ele, é o crime mais comum no campo, já que tem pena mais branda e é mais difícil de provar. “Os bandidos conhecem a rotina das propriedades. Em muitos casos, esperam o fim de semana, quando os trabalhadores deixam o local, para agir. O crime só é percebido na segunda-feira”, detalha o gerente.

As máquinas agrícolas, que podem facilmente ultrapassar seis dígitos em valor, após o furto, são descaracterizadas, com remoção de placas, adesivos e qualquer identificação; revendidas em outros estados, como Goiás, Paraná, São Paulo e Mato Grosso; e raramente trafegam em rodovias, permanecendo em propriedades privadas, o que dificulta a identificação e recuperação pela polícia.

No caso das pick-ups, a motivação é múltipla. “Elas servem para transporte de cargas e maquinário, podem ter motores adaptados para movimentar geradores ou máquinas agrícolas, são muito valorizadas no comércio de peças ilegais e na clonagem. Muitas acabam atravessando a fronteira e são usadas como moeda de troca no Paraguai”, alerta Corrêa.

Para proteger máquinas e veículos, Corrêa recomenda combinar medidas físicas e tecnológicas de prevenção:

  • Dispositivos de segurança: travas, cadeados e bloqueadores de combustível dificultam a ação criminosa;
  • Portaria 24h: controlar a entrada e saída de pessoas evita movimentações suspeitas;
  • Retirada da bateria: inibe o uso imediato da máquina pelos criminosos;
  • Rastreamento: contratar rastreadores e sistemas de monitoramento aumenta as chances de recuperação e ainda contribui para o controle logístico da frota.

“No campo, a prevenção é essencial. Quanto mais visível e monitorada for a máquina, menores são as chances de que o criminoso veja aquela propriedade como um alvo fácil”, conclui o gerente do Grupo Tracker.

O Grupo Tracker possui a maior estrutura de antenas na América Latina. A empresa contabiliza mais de 58 mil recuperações, que evitaram prejuízo superior a R$ 4 bilhões em patrimônio. Atua à frente dos segmentos de transporte e logística, segurador, construção civil, agronegócio e varejo com as tecnologias de radiofrequência, GPS e a combinação das duas (Tracker Log) e os serviços sob demanda, como Telemetria e a Carreta Solar, que são soluções customizadas para projetos específicos.

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