Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa de faturamento para esse ano é de R$74,3 bilhões, uma alta de 18% desde 2018

Após um período delicado devido à pandemia, o setor de turismo segue otimista e com expectativa de crescimento em 2023 por conta do maior número de feriados ou pontos facultativos prolongados em comparação com 2022. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa de faturamento é de R$74,3 bilhões, uma alta de 18% desde 2018.

De olho nesse mercado lucrativo, muitas marcas de bebidas estão investindo em roteiros gastronômicos dentro da própria fábrica com o objetivo de criar um laço ainda mais próximo com seus consumidores e atrair turistas que queiram conhecer mais sobre o universo dos destilados.

Uma das bebidas que tem se consolidado nesse tipo de mercado é a cachaça, que se tornou um símbolo nacional e é produzida em mais de 800 cidades brasileiras, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “As pessoas, hoje, querem conhecer de perto como a cachaça é produzida, andar pelo espaço onde ela é fabricada, registrar tudo nas redes sociais, então é uma forma de mostrar como esta é uma bebida rica em histórias e também muito saborosa”, explica Evandro Weber (foto), diretor da Weber Haus.

A destilaria foi construída em 1948 e está localizada na Rota Romântica, em Ivoti, Rio Grande do Sul. A Rota Romântica surgiu em 1996 e teve como inspiração a Romantische Strasse, que é a Rota Romântica da Alemanha, e existe desde 1950. Ela é a rota turística alemã mais conhecida e mais popular do país, onde os visitantes nacionais e estrangeiros podem conhecer as cidades medievais.

A ideia de criar a Rota Romântica no Rio Grande do Sul era elaborar uma rota turística com cidades de colonização alemã. A rota passa por 14 municípios gaúchos no total e possui 184 km de extensão. “A história da minha família no Brasil começa em 1824, quando eles decidiram sair da cidade alemã de Hunsrück para morar em Ivoti, que na época ainda era Lote 48, sendo que só em 1848 que começou o plantio de cana-de-açúcar e a produção de cachaça para consumo próprio”, pontua Weber.

A cachaçaria oferece uma visitação guiada para quem quer conhecer de perto como é o processo de fabricação da cachaça. Além de contar toda a história de como surgiu a Weber Haus, o visitante ainda conhece um pouco mais da história da cachaça e de todos os processos de fabricação da bebida.

O tour ainda conta com um momento de degustação, além de um showroom da destilaria para quem deseja adquirir as bebidas da marca, que já conquistou mais de 150 prêmios nacionais e internacionais. Não é necessário fazer qualquer tipo de agendamento para o passeio, apenas grupos com mais de 15 pessoas precisam reservar. A visita e a degustação podem ser feitas de segunda a domingo, no horário das 8h às 11h30 e das 13h15 às 17h30. Além da cachaça, a marca possui em seu portfólio outras bebidas como rum, gin e licor.

“Apesar da cachaça ser conhecida mundialmente como um patrimônio do Brasil, muita gente não sabe da importância da bebida na nossa história e como ela é versátil, saborosa e pode surpreender o paladar de quem nunca saboreou uma cachaça artesanal, então um passeio em uma cachaçaria é uma ótima forma de conhecer mais sobre a bebida e o nosso país”, finaliza Weber.

A história da família Weber no Brasil tem início em 1824, quando saíram da cidade alemã de Hunsrück para morar no Lote 48 das encostas da Serra Gaúcha, hoje chamada Ivoti. Ao adquirir as terras, a família iniciou o plantio de batata inglesa. Foi só em 1848, com o plantio de cana-de-açúcar, que começaram a elaborar cachaças para consumo. O destilador foi construído após um século e era formado apenas por um galpão com um engenho de tração animal. Atualmente, a Weber Haus já coleciona mais de 150 premiações e certificados importantes para a agroindústria.

Notícia Expressa