Esses resultados foram alcançados com o trabalho de auditores agropecuários em operações integradas com o Vigiagro de Foz do Iguaçu e autoridades sanitárias paraguaias, em 2021

 

Somente nos últimos quatro meses de 2021 o trabalho realizado pelo Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional de Foz do Iguaçu (SVA-FOZ) evitou que os brasileiros consumissem 103 toneladas de produtos de origem animal, contaminados com parasitas, bactérias e outras não conformidades. Os alimentos seriam importados para o Brasil, mas sequer chegaram a cruzar as fronteiras do país porque foram interceptados no lado brasileiro da fronteira (Porto Seco de Foz), na reinspeção feita pelos auditores fiscais federais agropecuários (affas). Os produtos irregulares vinham do Paraguai, Argentina e Chile.

De acordo com Adinan Galina, chefe do Vigiagro em Foz, entre esses alimentos irregulares estão queijo prato maturado, filé de merluza congelado sem pele, 24,9 toneladas de carne bovina resfriada, 1,8 toneladas de peixe eviscerado (Curimba), filé de pescada interfoliada e doce de leite. “Esses números refletem majoritariamente os quatro últimos meses do ano passado, quando a reinspeção de produtos de origem animal comestíveis passou a ser efetuada nas Unidades de Vigilância Agropecuária — postos de fronteira”, destaca Adinan.

Também no ano passado, o trabalho conjunto com autoridades sanitárias paraguaias resultou em 650 interceptações de pragas no Paraguai, em produtos de origem vegetal, que estavam prestes a ingressar no Brasil. Desse total, dez interceptações foram de Pragas Quarentenárias Ausentes (de três espécies diferentes), que são organismos ainda não presentes no Brasil, com potencial para causar graves danos econômicos à agricultura do país.

No total foram detectados 66 organismos distintos. Entre eles estava o besourinho dos cereais (Rhyzopertha dominica), que tem o poder de corroer grãos, sendo considerado uma das principais pragas de grãos armazenados, pelo potencial destrutivo nos grãos. Os affas evitaram que 150 produtos importados com essa praga entrassem no Brasil, no ano passado.

As fiscalizações realizadas na área de controle integrado foram feitas em grãos vindos do Paraguai, com destino ao Brasil. Entre os grãos, foram inspecionadas cargas de milho, soja, trigo, arroz e outras. “Essas operações têm a vantagem de interceptarem a carga não conforme antes que as mercadorias cruzem a fronteira do Paraguai com o Brasil”, reforça Adinan.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) é a entidade representativa dos integrantes da carreira de Auditor Fiscal Federal Agropecuário. Os profissionais são engenheiros agrônomos, farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e zootecnistas que exercem suas funções para garantir qualidade de vida, saúde e segurança alimentar para as famílias brasileiras. Atualmente existem 2,7 mil fiscais na ativa, que atuam nas áreas de auditoria e fiscalização, desde a fabricação de insumos, como vacinas, rações, sementes, fertilizantes, agrotóxicos etc., até o produto final, como sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas, produtos vegetais (arroz, feijão, óleos, azeites etc.), laticínios, ovos, méis e carnes. Os profissionais também estão nos campos, nas agroindústrias, nas instituições de pesquisa, nos labor atórios nacionais agropecuários, nos supermercados, nos portos, aeroportos e postos de fronteira, no acompanhamento dos programas agropecuários e nas negociações e relações internacionais do agronegócio. Do campo à mesa, dos pastos aos portos, do agronegócio para o Brasil e para o mundo.

FSB Comunicação
61 3323.1072 | fsb.com.br