China ultrapassa a União Europeia e se torna o principal destino das vendas externas paulistas. Soja e carnes são os produtos mais vendidos para os chineses. Enquanto os sucos são os preferidos pela UE.

Em 2018, as exportações do Estado de S ão Paulo somaram US$ 52,26 bilhões (21,8% do total nacional) e as importações US$ 60,83 bilhões (33,6% do total nacional), gerando um déficit de US$ 8,57 bilhões, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

No mesmo período, o agronegócio apresentou exportações de US$ 16,41 bilhões e importações de US$ 4,92 bilhões, que resultaram em um superávit de US$ 11,49 bilhões. Esse montante, embora 17,4% menor que o obtido em 2017, continua sendo fundamental para o equilíbrio das contas do Estado, afirmam José Alberto Angelo, Carlos Nabil Ghobril e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, pesquisadores do IEA.

Em relação aos destinos das exportações do agronegócio paulista, a liderança passou a ser a China (17,4% de participação), ultrapassando a União Europeia (17,2%), que agora ocupa a segunda posição. Na sequência aparecem os Estados Unidos (11,9%), Hong Kong (3,1%) e Irã (2,8%). A China importa principalmente produtos do Complexo Soja e Carnes, enquanto a União Europeia tem pauta mais diversificada, com destaque para os sucos (basicamente laranja) e produtos florestais.

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio, em 2018, foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 5 bilhões), seguido do setor de carnes (US$ 2,13 bilhões), sucos (US$ 1,96 bilhão), produtos florestais (US$ 1,88 bilhão) e complexo soja (US$1,72 bilhão), que vem ganhando cada vez mais relevância na pauta de exportações do Estado, com aumento de 29%, em 2018. Esses cinco agregados representaram 77,4% das vendas externas setoriais paulistas. Dentre estes, o complexo sucroalcooleiro foi o único a apresentar redução. A queda de 39,7% nas exportações do segmento fez com que a participação de São Paulo nas vendas do agronegócio brasileiro encolhesse 3,5 pontos percentuais, fechando em 16,1%.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 58,66 bilhões, em 2018, com exportações de US$ 239,89 bilhões e importações de US$ 181,23 bilhões. Na análise setorial, as exporta ções do agronegócio aumentaram 5,9% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 101,69 bilhões (42,4% do total nacional). Já as importações se mantiveram praticamente estáveis no período (-0,8%), registrando US$ 14,04 bilhões (7,7% do total nacional). O superávit foi de US$ 87,65 bilhões, sendo 7,1% superior na comparação com 2017. Analisando a séria histórica, desde 1997, observa-se que tanto as exportações quanto o saldo comercial dos agronegócios foram os mais elevados para o período analisado.

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio foram: complexo soja (US$ 40,91 bilhões), seguido por carnes (US$ 14,70 bilhões), produtos florestais (US$ 14,15 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 7,43 bilhões) e café (US$ 4,96 bilhões). Esses cinco grupos agregados representaram 80,8% das vendas externas setoriais brasileiras, com destaque para o grupo do complexo soja que aumentou sua participação de 33%, em 2017, para 40,2% em 2018.

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Nara Guimarães
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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