As mudanças constatadas nas curvas ascendentes de produtividade em mais de 400 milhões de hectares

A Céleres, consultoria do agronegócio, acaba de lançar um estudo com a análise aprofundada dos 20 anos da adoção de biotecnologia agrícola no Brasil. Nessas duas décadas, o País consolidou sua participação como ator global de exportação dos produtos agrícolas, fato fortemente beneficiado pelo uso de novas tecnologias no campo.

Para Anderson Galvão, CEO da Céleres, a experiência positiva do produtor brasileiro com as sementes geneticamente modificadas (GM) se traduz em mudanças facilmente constatadas nas curvas ascendentes de produtividade em mais de 400 milhões de hectares acumulados com o plantio de culturas GM. “No caso do milho, a diminuição de perdas no campo contribuiu consideravelmente para o aumento da produção do cereal, o que assegurou melhor competitividade do produto brasileiro no mercado internacional”, afirma. Outra cultura, a do algodão, embora já competitiva no início da adoção da biotecnologia, teve evidentes ganhos adicionais de produtividade com as novas tecnologias oferecidas no mercado nacional. “Na soja, a melhoria genética das sementes provenientes da biotecnologia proporcionou, entre outras vantagens, a redução considerável do número de dias do ciclo produtivo”, enfatiza.

Vale destacar que, nos últimos 11 anos, a equipe da Céleres entrevistou e monitorou mais de três mil produtores rurais com lavouras transgênicas. Esse conhecimento acumulado permitiu à consultoria cruzar uma série de dados que originou as conclusões do estudo, o qual pode ser encontrado na página da consultoria na internet (www.celeres.com.br).

Confira algumas das conclusões do estudo:

  • Em 20 anos de uso de biotecnologia agrícola no Brasil, os agricultores brasileiros acumulam o plantio de mais de 418 milhões de hectares, o que demonstra a eficiência e a segurança dessas tecnologias.
  • Setenta e seis delas foram aprovadas nesse período, amparadas por um ambiente regulatório moderno, funcional e eficiente, referência para diversos países.
  • A redução no número de pulverizações é uma forte evidência da eficiência operacional com impacto positivo para o meio ambiente e para a gestão da produção.
  • O uso da biotecnologia agrícola no Brasil pode ser considerado consolidado, com taxas de adoção, nas três principais culturas (algodão, milho e soja), superiores a 90% da área total.
  • Aliado ao uso de outras tecnologias, a biotecnologia agrícola tem auxiliado o incremento da eficiência dessas três culturas, tornando a produção agrícola mais sustentável, com menor necessidade de aumento da área plantada.
  • Com maior eficiência no campo, a biotecnologia possibilitou uma superfície plantada 5,1 milhões de hectares menor do que se não houvesse o uso dessas tecnologias.

Outras importantes constatações:

  • A criação do ambiente institucional e regulatório favorável permitiu também maiores investimentos da iniciativa privada, a saber:
    • em soja, passaram de 36% para 86% os investimentos nas variedades lançadas entre 1998 e 2017.
    • no milho, a participação da iniciativa privada no lançamento de novos híbridos chegou a 99% do total em 2017, ante 82%, em 1998.
    • já no algodão, a iniciativa privada respondeu por 69% do total de registros de novas variedades em 2017, ante 26%, em 1998.
  • Nesses 20 anos, a biotecnologia agrícola gerou também benefícios econômicos da ordem de US$ 44 bilhões. Os produtores rurais foram os principais beneficiários, tendo capturado, nesse período, 74% do total de benefícios, seja pela redução dos custos de produção, seja pelo incremento da produtividade média das suas lavouras.
  • Maior segurança e previsibilidade jurídica continuam incentivando pesados investimentos em pesquisa e desenvolvimento na agricultura brasileira.
  • Os ganhos tecnológicos, incluindo o emprego da biotecnologia, permitem a consolidação e a expansão da competitividade brasileira nos mercados globais de algodão, milho e soja, aumentando consideravelmente a participação do Brasil nesses polos comerciais altamente competitivos.

Fundada em 2002, a Céleres® (www.celeres.com.br) é uma empresa de consultoria focada na análise do agronegócio, um dos mais expressivos da economia brasileira. Utilizando o conceito de Inteligência de Mercado, a Céleres® oferece aos seus clientes, no Brasil e no exterior, soluções diferenciadas por meio de obtenção de diagnósticos, delineamento de estratégias e planejamento futuro de diversas empresas.