No mês, receita cambial atingiu US$ 343,5 milhões e preço médio foi de US$ 153,46/saca

O país exportou, em abril deste ano, um total de 2,2 milhões de sacas de café, com receita cambial de US$ 343,5 milhões, praticamente o mesmo volume de café exportado no mesmo período do ano anterior. Já em relação ao mês anterior, março deste ano, houve uma queda de 15,5% no volume de exportações.

Entre as variedades embarcadas no mês, o café arábica se manteve na liderança de café exportado, representando 86,1% do volume total de exportações (1.926.776 sacas), seguido pelo solúvel, com 11,5% (257.780 sacas), e robusta, com 2,4% (53.472 sacas).

Já no acumulado do ano civil (de janeiro a abril de 2018), o Brasil registrou um total de 10.105.288 sacas exportadas, queda de 2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial também teve declínio, alcançando US$ 1.596,2 milhões.

“Dando continuidade ao cenário previsto, o balanço das exportações brasileiras de café, no mês de abril, refletiu o momento da entressafra da produção, com uma movimentação que atendeu a demanda dos importadores globais, porém com um volume abaixo dos meses anteriores, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

“Para contextualizar com clareza a grandeza da capacidade do Brasil, mesmo no período de entressafra, somando-se todos os segmentos de café, tanto os exportados como os consumidos internamente, atingimos quase 4 milhões de sacas movimentadas, o que corresponderia a cerca de 20 bilhões de xícaras de café consumidas globalmente, em apenas um mês. Esses números refletem a grande responsabilidade junto ao consumidor e a importância do Brasil no abastecimento do mercado mundial”.

O presidente do Cecafé também afirma que “com a entrada da nova safra, que oficialmente se iniciará em julho, o Cecafé está muito otimista em relação ao próximo ano cafeeiro que deverá incrementar as exportações”.

 

Principais destinos – No ano civil, EUA e Alemanha seguem ocupando, respectivamente, o primeiro e segundo lugar no ranking dos principais países consumidores do café brasileiro, com 17,4% (1.757.946 sacas) e 17% (1.717.375 sacas).

Na sequência estão: Itália, com 10,5% (1.061.734 sacas); Japão, com 7,3% (734.547 sacas); Bélgica, com 5,7% (580.559 sacas); Turquia, com 2,9% (296.393 sacas); França, com 2,9% (291.143 sacas); Federação Russa, com 2,7% (277.192 sacas); Canadá, com 2,7% (275.364 sacas); e Reino Unido, com 2,5% (253.159 sacas).

Vale destacar que, entre esses países, alguns apresentaram crescimento maior no consumo de café brasileiro, se comparado com o ano civil de 2017. São eles: Itália (crescimento de 6,7% no ano civil comparado com o mesmo período de 2017); França (crescimento de 10,8%); Canadá (crescimento de 17,3%) e Reino Unido (crescimento de 31,8%).

 

Diferenciados – Quanto aos cafés diferenciados, no ano civil, o Brasil exportou 1.780.800 sacas, registrando uma participação de 17,6% no total do café exportado e 21,3% da receita. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 26,3%.

Os principais destinos no período foram: Estados Unidos, responsável por 23,9% (426.063 sacas); seguido pela Alemanha, com 14% (249.611 sacas); Bélgica, com 12,7% (226.494 sacas); Japão, com 9% (160.918 sacas); Itália, com 6,5% (116.013 sacas); e Reino Unido, com 5,8% (102.620 sacas).

 

Preços – Em abril, o preço médio foi de US$ 153,46/saca, um decréscimo de 11,7% na comparação com o mesmo mês no ano passado, quando a média era de US$ 173,76.

 

Portos – O Porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações no ano civil, com 84,4% (8.532.966 sacas). O Porto do Rio de Janeiro aparece na sequência, com 10,7% dos embarques (1.079.511 sacas).

O relatório completo está disponível no site do Cecafé.


Fundado em 1999, o Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de café no âmbito nacional e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade social. Atualmente, possui 139 associados, entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 95% dos agentes desse mercado no país.


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