São José dos Campos, município reconhecido como celeiro de inovações para os setores Aeroespacial e de Defesa, desponta agora no Agronegócio. Empresas da cidade investem na transferência de tecnologia para a cadeia produtiva rural

Referência nacional em tecnologia para os setores Aeroespacial e de Defesa, São José dos Campos emerge agora como centro de soluções tecnológicas para o Agronegócio. Este novo mercado tem atraído empresas, pesquisadores e profissionais que atuam em previsão de clima, sensoriamento remoto, imagem e aeronáutica.

Um exemplo é a Altave, empresa aeroespacial fundada em 2011 por dois engenheiros formados pelo ITA, que percebeu oportunidades de aplicações de sua tecnologia na área rural.

A Altave ficou conhecida internacionalmente ao utilizar balões para monitoramento de segurança dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O sistema contou com quatro balões capazes de monitorar grandes áreas em 360°, com imagens simultâneas de alta definição.

“Quando começamos a desenvolver os requisitos exigidos pelo Ministério da Justiça para as Olimpíadas, vimos a possibilidade de aplicar a tecnologia em outras áreas, como o Agronegócio”, disse Amanda Pinha, gerente de marketing da Altave.

Detecção de incêndio, monitoramento de colheita, conexão entre máquinas e proteção patrimonial são algumas das soluções desenvolvidas pela Altave. Entre seus clientes, estão indústrias de papel e celulose, produtores de cana de açúcar e florestais.

Outro exemplo de empresas do setor Aeroespacial e de Defesa que estão projetando São José dos Campos no cenário do Agronegócio é a FT Sistemas. Homologada pelo Ministério da Defesa como uma Empresa Estratégica de Defesa, a fabricante de Vants (Veículos Aéreos Não Tripulado) oferece desde soluções para otimizar a pulverização agrícola até coleta de dados e monitoramento do solo.

O engenheiro agrônomo e consultor Sérgio Marcus Barbosa, da Esalqtec, lembra que o uso intensivo da tecnologia é um dos principais fatores para a eficiência do Agronegócio no Brasil –único setor da economia que se mantém em crescimento apesar da crise.

“Apesar deste cenário favorável, ainda temos muitas deficiências no que diz respeito às políticas públicas e infraestrutura, principalmente crédito rural, seguro rural e logística. Isso quer dizer que abre-se um grande leque de oportunidades de desenvolvimento tecnológico nestas três áreas”, afirmou Barbosa.

Neste cenário, ele destaca o potencial de São José dos Campos para atender essas demandas. “São José dos Campos é o nosso Vale do Silício no que diz respeito à tecnologia nas áreas da Defesa e Aeroespacial. A cidade tem importantes centros de pesquisa, universidades e indústrias que geram conhecimento e tecnologia em previsão de clima, imagem e aeronáutica, que podem ser aplicados para melhorar a produtividade e eficiência do Agronegócio”, disse o engenheiro.

O diretor do Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec) e ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, ressalta que instituições e empresas de São José dos Campos estão unindo esforços de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia em diferentes áreas, que tem resultado em uma crescente projeção de São José dos Campos no Agronegócio.

“O Parque Tecnológico se posiciona como um hub de integração de tecnologias onde empresas ligadas ao setor aero e TIC criam soluções que conseguem atender as deficiências do setor de agronegócios, que é a geração de inteligência através de imagem, comunicação e análise de dados”, disse Raupp.

Além das já citadas Altave e da FT Sistemas, outras empresas ligadas ao PqTec seguem esta tendência, como a Optimus GIS, a Kersys e a Geoambiente, que desenvolveram sistemas que resultam em redução de custos e aumento da produtividade no campo.

Em razão disso, a 4ª RM VALE TI – Feira e Congresso de Tecnologia e Inovação este ano incluiu em sua programação o eixo Agronegócio. Durante o evento, haverá exposição de soluções para toda a cadeia produtiva rural e debates sobre as tendências e desafios do setor.

“Na feira nós vamos apresentar tecnologias que facilitam e permitem que a produção agroindustrial possa gerar inteligência e aumentar a produtividade”, disse Marcelo Nunes, coordenador do TIC Vale (Arranjo Produtivo Local de Tecnologia de Informação e Comunicação), responsável pela organização da RM Vale TI.

A 4ª RM VALE TI acontece nos dias 17, 18 e 19 de outubro no Parque Tecnológico de São José dos Campos. Veja neste link a programação completa do dia temático Indústria 4.0 e Agronegócio

O Day Pass (ingresso válido por um dia) do Congresso custa R$ 80 (até 30/9). O Combo para todos os dias do congresso custa R$ 200 (até 30/9). Os ingressos dão acesso à feira.


Assessoria de Imprensa do Parque Tecnológico São José dos Campos e RM Vale TI
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