O Conselho Nacional da Pecuária de Corte – CNPC está apoiando a decisão do Ministério da Agricultura para que se reduza de 5 para 2 ml o volume da dose da vacina antiaftosa em futuro próximo no país.

O apoio inclui também a retirada do vírus “C”, considerado atualmente desnecessário dentro da epidemiologia da aftosa. A última ocorrência deste vírus na América do Sul foi em Careiro da Várzea no Amazonas em 2004. Este vírus não foi mais identificado no mundo desde 2005, quando ocorreu pela última vez no Quênia, na África. Países como Colômbia, Equador, Venezuela e Uruguai já tomaram estas medidas. O Peru que agora já é livre sem vacinação já havia decretado estas alterações quando ainda vacinava.

“Com essa redução, o custo da vacina poderia cair em pelo menos 35% para o produtor e não afetaria sua eficácia na imunização contra os vírus A e O. Seria já a primeira fase para a retirada plena da vacinação na maioria dos estados brasileiros”, afirma o veterinário Sebastião Costa Guedes, presidente em exercício do CNPC. Para ele, a febre aftosa já está praticamente erradicada no Brasil, salvo em três estados da região Norte (Amapá, Roraima e Amazonas) onde o MAPA está concluindo os levantamentos sorológicos para declará-los livres da doença com vacinação neste fim de ano. A partir de então deve ser iniciada a retirada da vacinação nos diferentes estados.

Estas medidas vão reduzir os custos dos criadores com a aquisição das vacinas e também as constantes reclamações dos pecuaristas pelas perdas ocorridas na toalete das carcaças nos frigoríficos, causadas pela vacina ou pelo processo de vacinação, da ordem de 4kg de peso vivo por cabeça.
Guedes garante que a redução do volume e a retirada do vírus C das vacinas brasileiras é simples, tanto é verdade que países como a Colômbia, Uruguai, Equador e Bolívia já adotaram esse processo, com amplos resultados positivos.

  • Sobre o CNPC
    O CNPC é uma entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo desenvolver estratégias para o crescimento da pecuária de corte nacional e estabelecer relações entre os vários agentes, representando a cadeia produtiva junto aos governos estaduais e nacional, bem como nos fóruns de discussão internacional que promovam a sanidade, o bem-estar animal e a segurança alimentar. Criado em 1982, a entidade tem representantes nos principais Estados que se destacam na pecuária nacional sendo atualmente presidida interinamente pelo médico veterinário Sebastião Costa Guedes.

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