Aumento no preço médio da saca possibilitou receita cambial maior em comparação com o mesmo período de 2016

O Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – acaba de finalizar o balanço das exportações de café brasileiro no primeiro mês de 2017. Foram exportadas em janeiro 2.563.939 sacas, um decréscimo de 8,7% em comparação com o mesmo período de 2016. A receita cambial foi de US$ 449,5 milhões e o preço médio por saca US$ 175,34, aumentos de 8,3% e de 18,6% em comparação com janeiro do ano anterior, respectivamente.

No total de janeiro, os cafés verdes somaram 2.386.005 sacas (2.363.887 sacas de arábica e 22.118 sacas de robusta). Já os cafés industrializados tiveram 177.934 sacas embarcadas (sendo 174.743 sacas de café solúvel e 3.191 sacas de café torrado e moído).

“Com a análise dos resultados, percebemos a confirmação das previsões de exportações que havíamos realizado no final de 2016, mantendo os embarques em 2,5 milhões de sacas” comenta Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

Principais destinos – No mês de janeiro de 2017, a Alemanha foi o principal país que mais recebeu café exportado do Brasil, com 543.859 sacas, representando 21,2% dos embarques no período, seguido pelos Estados Unidos, com 441.885 sacas e 17,2% das exportações. Destaque também para a Itália com 9,9% (253.806 sacas), Japão com 7,5% (192.581 sacas) e Bélgica com 7,4% (188.831).

“O principal motivo para os Estados Unidos terem perdido espaço nas importações em comparação com a Alemanha é o cenário nacional desafiador de produção do café conilon (atingido por fatores climáticos), além da redução de compras do café solúvel, que caiu de 38,2 mil em janeiro de 2016 para 22,2 mil em 2017, um decréscimo de 42%. No entanto, é importante destacar que o Brasil continua sendo o principal fornecedor de café para os norte-americanos segundo as estatísticas anuais do Cecafé”, esclarece Nelson Carvalhaes.

Cafés diferenciados – No primeiro mês do ano, as exportações de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) corresponderam a 381.635 sacas, representando 14,9% do total de café embarcado no período. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 80,8 milhões em janeiro, correspondendo a 18% do total gerado com os valores de exportação. O preço médio dos cafés diferenciados foi de US$ 211,78.

Com relação aos destinos, os Estados Unidos foram o país que mais recebeu cafés diferenciados do Brasil em janeiro, com 76.620 sacas exportadas, sendo 20% do total de cafés com essa característica. Alemanha passa para a segunda posição, com 16% (59.341 sacas), seguida por Japão, com 13% (51.258 sacas), Bélgica, com 12% (46.536 sacas), e Itália com 11% (40.314 sacas).

Portos – Em janeiro, o Porto de Santos seguiu como principal via de escoamento da safra para outros países, com 86,6% (2.220.027 sacas embarcadas) de participação. Os portos do Rio de Janeiro seguem em segundo lugar, com 10% (257.544 sacas embarcadas) de participação no mês.

O relatório completo está disponível no site do Cecafé: http://www.cecafe.com.br/

Sobre o Cecafé
Fundado em 1999, o Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – representa e promove ativamente o desenvolvimento do setor exportador de café no âmbito nacional e internacional. A entidade oferece suporte às operações do segmento por meio do intercâmbio de inteligência de dados, ações estratégicas e jurídicas, além de projetos de cidadania e responsabilidade social. Atualmente, possui 139 associados, entre exportadores de café, produtores, associações e cooperativas no Brasil, correspondendo a 95% dos agentes desse mercado no país.

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